9 de julho de 2012

Iron Maiden - Bluefest, Ottawa, Canada - 07/07/2012 Parte II

"Give me the sense to wonder,, to wonder if I'm free..."

Quebec

Acordei por volta das 8h mas fiquei enrolando na cama ate umas 12h. Sai, dei uma volta de 10 minutos e voltei pro albergue. O sol tava de lascar. O show do Alice Cooper tava marcado pras 19h e o do Maiden as 21h. Cheguei no Royal Park por volta das 18h30 e o sol ainda tava insuportavel. Devo ta todo queimado novamente. Tinham umas 20 mil pessoas la. Publico bem dividido. Festival e uma merda por isso. Quem quer ver a banda mesmo, acaba se estressando. Logo depois do fim do show do Alice Cooper, fui entrando no meio do povo e fiquei quase na grade pro show do Maiden. Triste ilusao de tranquilidade. Logo na quarta musica, fui mais tras pra ter um pouco de tranquilidade. Na frente, so havia guris retardados e espinhentos que abriam roda a cada musica. Quem queria ver o show ficou puto. E, pela primeira vez na vida, bati forte em alguem. Os putos esbarravam em mim e eu esmurrava as costas dos infelizes e os empurrava de volta pra roda sem piedade. Pra evitar confusao e nao perder o show, decidi recuar...

Logo apos a ja caracteristica "Doctor Doctor" do UFO pra abrir os shows do Maiden, uma bonita segunda introducao, antecede o playback de Moonchild. Sim, ao contrario da Somewhwere Back in Time que o Bruce cantava ao vivo a introducao da musica, nessa tour, ela e tocada no playback como acontece na Aces High pra dar tempo dos caras entrarem quebrando tudo. E funciona. A banda entra incendiando tudo. Fogos, e claro. Essa musica e poderosa e funciona bem abrindo um show. As pessoas ficam, literalmente, malucas.

Na sequencia, vem Can I play with madness e o show vai seguindo. A performance da banda, excelente como sempre, mas, mais ou menos na metade do show, senti a banda um pouco cansada e sem taaanto animo. Ate a voz do Bruce deu umas falhadas e ele nao demonstrou taanto empenho como geralmente mostra. O publico, e um pouco mais quente que o da Europa, mas igualmente muito parado pra um show do Iron Maiden. E festival, entao, fode de vez. A grande maioria e de curiosos que sequer conhecem a banda. E muitos sao os espinhentos adolescentes retardados que so perturbam quem quer ver o show...

Mas, mesmo com essas pequenas "nuances", o show foi seguindo. Eu sabia o set list, mas nao sabia a ordem, nem o que aconteceria no show em termos de producao. Me recusei a ver os videos dos primeiros shows no youtube. Preferi deixar tudo mais divertido e surpresa no show ao vivo. E melhor foi. O cenario esta simplesmente fantastico. Tudo feito com muito bom gosto. O azul claro, da arte grafica do 7th Son deixa o cenario bem limpo. Com uns jogos de luzes e efeitos, o cenario fica realmente fantastico. Ha mensao de varios Eddies nas geleiras do cenario, o que deixa a coisa muito agradavel aos olhos...

Ouvir The Prisoner e, principalmente 7th son of a 7th son, nao tem preco. Eu, assim como muitos, queriam ouvir essas musicas ha tempos e a espera e muito bem recompensada. Alem da producao, a execucao das mesmas e fantastica. Voce lembra bem da producao da Somewhere Back in Time com fogos, explosoes, Eddies e o caralho, ok? Pois bem, nessa, a coisa ta ainda melhor e mais profissional. O porem, fica por conta do set list...

Sim, e sabido por todos que o grande defeito do Iron Maiden sao os set lists repetitivos. Ha dezenas de classicos que todos querem ouvir ha decadas e os caras nao tocam de jeito nenhum. Insistem em tocar as mesmas cancoes que, de tao batidas, ninguem aguenta mais ouvir. Isso, infelizmente, acaba sendo um anti-climax nessa tour tao especial. Se voce for analisar o set list de forma racional, deixando a paixao pela banda de lado, nas dezessete musicas tocadas, ha apenas tres novidades: The Prisoner, 7th son a 7th son e Afraid to shoot strangers...

Vamos la. Ok, Iron Maiden e classica e nunca vai sair do set list. Ate pela producao de palco que e sempre executada nessa musica, que finaliza a primeira parte do show. Phamtom of the Opera e fantastica. Mas nao tem muito motivo de ta nessa tour de novo. Foi tocada na Tour Early Days de 2005 pra mesma tour norte americana e europeia e, pra nos, latinos, na ultima perna da Somewhere Back in Time em 2009. Mas Running free? Alem de ser uma musica bem fraquinha, foi executada a exaustao nas ultima tours, inclusive em 2010 e 2011, na Final Frontier. Nao podia ta no set list. Nao ha nenhuma musica do Killers, inclusive a propria que esta presente no video oficial Maiden England e que todos esperavam muito nessa tour e nada. The Number of the Beast, ok, classica e tambem nao sai. Mas tirar Halloweed be thy name e um sacrilegio. Justo nessa tour tao especial. The Prisoner era muito esperada e, felizmente, tocam a bendita. Run to the Hills de novo?? The Trooper, tambem nao sai, e, ate pela arte da turne, era esperado. Tudo bem, a gente aceita. Mas nenhuma outra musica do Piece of Mind como Flight of Icarus, Die With your boots on e Still Life (presentes no Maiden England), dao uma decepcionada legal. Ai os caras chegam no Powerslave e poem Aces High (igualmente fantastica como a Phamtom of the Opera), mas foi carro principal da Somewhere Back in Time. Nao tinha que ta nessa tour. E 2 minutes to midnight, idem! Ao contrario de Aces High, ninguem aguenta mais, e foi executada a exaustao na ultima tour, a Final Frontier. Do Somewhere in Time, apenas Wasted Years. Tambem foi executada a exaustao na Somewhere Back in Time, mas tudo bem que esteja no set list. Mas nada mais do Somewhere in Time? Ha classicos esperados ha anos como Caught somewhere in time, Strange in a strange land e Alexander the Great e os caras nunca tocam. Nao tem jeito!! Chegamos ao 7th son e a escolha foi muito boa. Cinco das oito musicas do album. Mas os caras deixam de fora, justamente a mais idolatrada, Infinite Dreams. Porra!! E pra finalizar, de novo, Fear of the Dark que nao tem que estar nessa tour e ninguem aguenta mais ao vivo. A esperanca e que eles mudem o set pras pernas sul americanas e europeias em 2013. E eles mudam, mas que por favor nao mudem pra pior, pra tirar musicas como 7th son e Prisoner pra botar Wrathchild e Sanctuary por exemplo...


O set list, entao, e a pequena decepcao dessa tour tao especial. Mas quando voce esta no show, voce procura deixar isso do lado e simplesmente aproveitar o show. Ha tanta producao, ha tanto cuidado nas minucias que voce meio que, perdoa, a cagada do set. E assim, vai aproveitando cada segundo do show de quase duas horas que passa beeem rapido. E isso, pessoas, ainda temos os shows de Quebec, Montreal e Toronto pra ver por aqui no Canada. Vamos esperar que, como  falei, na nossa vez, ai no Brasil, em 2013, mudem um pouquinho o set. Ao menos Infinite dreams, ne?!!

As fotos do show, voce pode ver aqui: 

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.113234002154874.23401.100004048244728&type=3

Set list

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.

01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

PS: Perdoem a falta d'acentuacao e os erros de portugues. Esse texto nao foi revisado. Ainda nao comprei meu notebook e os computadores que tenho usado aqui no Canada, exceto os dos meus amigos Camillo e Ozonia, sao desconfigurados pra nosso idioma. 





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