5 de abril de 2011

Iron Maiden, Estacionamento do Centro de Convenções, Recife, Brasil - 03/04/2010 - Parte I I

"Eu tenho medo do medo que as pessoas tem..."

Recife, Brasil


O domingo começou após sextas e sábados que não acabaram. Noites sem dormir, vida bem-vivida. Problemas em stand by por um segundo. Como uma boa dupla, eu e minha amiga gaúcha fomos catar um bom lugar pra almoçar e um bom prato leve pra aguentar mais um dia-maratona. O prato leve foi bem escolhido, mas minha pobre barriga estava de TPM no dia. Ainda bem que ela acusou o golpe horas antes do show. Não teria sido nem um pouco divertido perder o show pra sua própria barriga dando chilique, não? Entramos num acordo e, ufa, pronto pro show.




Chegamos umas 17h e de cara, ficamos impressionados com a organização. Minha amiga gaúcha já havia visto os shows de São Paulo e Belém mas elogiou bastante o local e a organização daqui. O show de 2009 no Jockey já havia sido muito bem organizado, esse então, conseguiu ser ainda melhor. Ponto pra Raio Lazer mais uma vez que montou uma estrutura fantástica. A pista vip contou com um lugar bem generoso. Já havia visto a nossa querida Donzela de Ferro por 13 vezes, em lugares pequenos, médios e gigantes mas, de longe, esse foi o show mais confortável que vi dos caras. Tranquilo do início ao fim, sem empurra-empurra, com ótima visão do palco. Honestamente, não vejo do que reclamar.

Os conterrâneos do Terra Prima foram os escalados pra abrir o show da lenda e mandaram muito bem. Numa apresentação de pouco mais de meia hora, os pernambucanos fizeram bonito. Abrir um show da maior banda de heavy metal do mundo é, ao mesmo tempo uma honra e uma tarefa ingrata, pois os fãs apaixonados não são muito tolerantes e não tem nenhum pudor com hostilidade para bandas de abertura. Porém, o público foi bastante respeitoso com o Terra Prima que, justiça seja feita, fez um show muito bom com total interação dos integrantes. Se despediu com Enter Sandman do Metallica e saiu do palco bastante aplaudido. Parabéns aos caras. Reconhecimento merecido.

Britanicamente pontuais, às 20h em ponto, Doctor Doctor ecoa nos alto-falantes do Estacionamento do Centro de Convenções. Lá íamos nós pra mais um show dessa lenda inglesa chamada Iron Maiden. Após a introdução um vídeo muito bem bolado é exibido nos telões para a introdução de Satellite 15. Quatro minutos depois, a banda entra andando no palco, ainda com as luzes apagadas. Após o anúncio da bateria, The Final Frontier dá início à destruição. Um Bruce Dickinson hostendando um pedestal de alumínio levanta as cerca de 15 mil pessoas presentes com o refrão de: "The final frontiiiiier, the final frontiiiiiier, the final frontiiiiier, the final frontiiiier..."




O set seguiu com El Dorado, mais uma música nova e teve uma nova e fantástica introdução para The Talisman. Uma música longa com uma letra gigante, mas que, ao vivo, funcionou perfeitamente. A interpretação do baixinho foi realmente fantástica. Assim, deixando, novamente, todos hipnotizados, os ingleses iam seguindo seu show de forma que o tempo que passava (tempo cruel), não fosse percebido. Num piscar de olhos, o Eddie Alien estava andando pelo palco para encerrar a primeira parte do show.

Cinco minutinhos depois, a famosa introdução de The Number of the Beast dava vida a um público já cansado, mas igualmente feliz desde o início do show. Halloweed be thy name e Running Free encerraram o segundo show do Maiden em terras hellcifenses. Como sempre, após o show, fica aquele sentimento de tristeza. A vida real que segue, os problemas que não se quer lembrar e os bons momentos que acabaram de virar história e apenas lembranças. Mas, cada um a sua maneira, vai tocando suas vidas esperando que o dia de amanhã seja sempre melhor. Pra isso serve a nostalgia, pra isso servem os grandes espetáculos. Transformar a nostalgaia em esperança de dias melhores e guardar o passado com carinho no coração, deixando que o futuro seja pintado positivamente com um pouco mais de esperança. Que venha o próximo num futuro não muito distante. Up the irons!

Set List

Intro: Doctor Doctor
01.Satellite 15... The Final Frontier
02.El Dorado
03.2 Minutes to Midnight
04.The Talisman
05.Coming Home
06.Dance of Death
07.The Trooper
08.The Wicker Man
09.Blood Brothers
10.When the Wild Wind Blows
11.The Evil That Men Do
12.Fear of the Dark
13.Iron Maiden

Bis

14.The Number of the Beast
15.Hallowed Be Thy Name
16.Running Free

PS: Post dedicado, mais uma vez à gaúcha que saiu de tão longe pra ver um show aqui. Ótima companhia. Ótima pessoa. Seja bem-vinda de volta sempre que quiser. Tudo de bom.

Iron Maiden, Estacionamento do Centro de Convenções, Recife, Brasil - 03/04/2010 Parte I

"Como quem aquece a água sem deixar ferver..."

Recife, Brasil


Após sete meses e meio, lá fomos nós pra mais um show do Iron Maiden. 14º pra ser mais preciso. O mais recente foi em 21 agosto do ano passado em Valência, Espanha, na época da maior maluquice da minha vida. Maluquice essa que não me arrependo nem um pouco mas ainda sofro os efeitos $$ colaterais e, infelizmente, ainda estou pendente com as pessoas que mais me ajudaram. Não estou nem um pouco feliz com isso, mas tenho feito (e só eu eu sei) das tripas-coração pra resolver isso o mais rápido possível. Não há mão na cabeça, porém. Eu fiz, eu assumo e eu tenho que resolver. "No prayer for the dying".

Problemas a parte (infelizmente, todos tem os seus, nesse negócio que chamam de vida)
nossa aventura começou na sexta-feira, dia 01 de abril e, apesar da data, não, não foi uma mentira. Saí com meu primo-irmão, único amigo de infância, que passa por uma difícil fase pessoal e, tenho feito o possível pra ajuda-lo da melhor forma possível. A sexta não nos rendeu operação dessa vez (né, McMala, hehe), mas chegamos em casa umas 3h. Geralmente durmo até a tarde. Não consegui pregar o olho dessa vez. Tinha que pegar uma amiga no aeroporto as 11h30 e claro, não daria nenhum bolo nela. Desisti de dormir e fiquei esperando o relógio passar seu tempo. Pontualidade nunca foi meu forte, mas, estava lá, na hora marcada. Dizem que os gaúchos são brutos, sendo assim, melhor não arriscar, não é? Vai que minha convidada gaúcha era bruta e caso eu atrasasse a mesma fizesse jus a fama e, o paraíba aqui levasse uns cascudos bem dados direto dos pampas.

Pra dois ogros (ela que se define assim, logo, to livre de cascudos), até que a gente se deu bem. O sábado foi bacana (exceto pelo sol, sim, eu tenho medo dele) e aproveitei pra mostrar um pouco dessa terra quente chamada Hellcife pra minha amiga de terras frias e tão distantes. Até vimos uma movimentação em frente ao Atlant Plaza. Polícia, fãs, etc. Mas não vimos ninguém da banda, apenas alguns caras da equipe técnica e nada mais. Conhecem o Quintal do Lima? Simpático lugar. Fizemos um bom trio: meu primo-irmão, eu e a gaúcha. Acho que os três se divertiram. Mais uma noite sem conseguir dormir. Mas tudo bem, tenho doutorado no assunto, hehe. Se passar algumas horas da vida acordado fizer bem, tudo bem, então. Domingão típico hellcifense com o maldito sol derretendo a pele. Tudo bem, porém, era dia de Iron Maiden. Sim, raio cai duas vezes no mesmo lugar. A maior banda de heavy metal do mundo pela segunda vez no Hellcife. Tempos estranhos, esses, não? Mundo estranho.

PS: Post dedicado ao meu primo-irmão McMala e minha amiga gaúcha, Michele. Acho que nos entendemos bem. Um bom trio, hehe.