“Westward the tide, westward we sail on. Westward the tide, sail by the talisman...”
Barcelona, Espanha
Após todo o sufoco da Bélgica, o importante é que havíamos conseguido chegar ao aeroporto National de Bruxelas e, agora, era esperar pelo próximo dia, o vôo pra Valência, Espanha, último show do Maiden e, de lá, descobrir um jeito de voltar à Barcelona, Espanha, casa do meu amigo Calumby. Um dia da cada vez, ou enlouquecemos. Infelizmente, teria que cancelar as últimas viagens à Amsterdã, Holanda, Copenhage, Dinamarca, Oslo, Noruega e Milão, Itália. Assim como perder os Gp’s da Bélgica e da Itália de Fórmula 1. Paciência. Teria que perder todas essas passagens que já estavam compradas, assim como os albergues reservados. Mas, depois de todo sufoco que passei, acho que seria mais são e seguro voltar à Barcelona. Já havia passado por maus bocados nessa viagem e sempre tinha tido muita sorte ao sair deles. Era bom não mais abusar da boa vontade dela. Em Barcelona, com calma, tempo e na segurança da casa dum amigo, poderia resolver com calma os próximos dias, sem estar nessa maluquice de viajar todos os dias, estando em um país e cidade diferentes a cada dia. Com calma, estudaria a possibilidade de voltar ao Brasil antes, uns quinze dias antes do previsto. Resolveria o problema do meu cartão e bla bla bla. Todas essas coisas. Estando na casa do meu amigo, tendo onde dormir, comer e ter paz sem precisar pagar nada por isso, já era uma senhora mudança e ótima segurança. Mas antes, teria que dar um jeito de chegar à Barcelona, visto que só tinha 15 euros na carteira e isso seria insuficiente pra comprar a passagem para lá, por mais barata que fossem. Ou de ônibus ou de trem. Mas, pensamento positivo. Meu senso de sobrevivência simplesmente me impede de pensar no lado que as coisas dão errado. Acho que isso é muito bom. Talvez, sem noção, mas no fundo, positivo. Uma forma de jamais se entregar e desistir.
Dormi um bocado no aeroporto e fui pro check in umas três horas antes do vôo. Lá, achei o japonês maluco de 38 anos que já viu o Maiden mais de 100 vezes e viajou o mundo vendo a Donzela desde 1987. Achei que o cara era um playboy rico, mas não, trabalha na construção civil em Yokohama, Japão e, assim como eu, faz essas maluquices pra se virar pra pagar depois. Fomos no mesmo vôo pra Valência. No aeroporto, ele ia esperar um amigo que tava indo da Suíça e, de lá, iríamos todos juntos ao show. Assim que cheguei ao aeroporto, minha missão era descobrir quanto era a volta pra Barcelona no dia seguinte, lembram? Primeira notícia, nada boa. Não havia mais vôos pra Barcelona. O próximo, só dali a uma semana. Não desanimei. Não podia me dar ao luxo. Fui atrás de conexão e não achei. Por um euro, poderia usar um computador vagabundo lá, por 15 minutos. E assim o fiz. Tinha pouco tempo e descobri que havia um trem no domingo pra Barcelona, saindo das 17h e chegando às 22h. Custava 24 euros. Eu tinha 14 euros...Agora, eu teria que sacar mais dinheiro e rezar pra que houvesse dinheiro na conta. Prendi a respiração e fui. Tentei 50 euros e nada. Coração disparou. Fodeu! Tentei 40 e, ouvi o abençoado barulhinho das cédulas. Eu finalmente estava a salvo. Ao menos em parte. Estava com 54 euros em espécie. Agora, o próximo passo era comprar a passagem. Decidi arriscar e ir logo pro local do show. Custava 2,90 euros o metrô do aeroporto ao Marina Sur, onde seria o show. De lá, ao final do show, um ônibus noturno de 1,30 euros me levaria à estação. E que lugar foram escolher pro show, hein. Lindo local. Assistiria um show do Maiden no mesmo lugar onde corre a Fórmula 1. Na terra de Fernandinho. Fantástico! O lugar é lindo. Fica na praia de Valência, ao lado do Porto. Lindo, lindo, lindo e mais lindo. A parte ruim é que fazia um calor infernal de fazer Hellcife parecer fria. Peguei mais de 40 graus sem uma nuvem no céu. Nenhum vento. Literalmente um inferno. Ótimo pra ir à praia, mas não pra ficar esperando na fila sem nenhuma sombra. Os portões só abririam às 18h30, o show do Maiden só seria às 21h00 e eu havia chegado às 16h. Não achei sombra e me neguei a ficar derretendo naquela lua. Fui procurar um supermercado. Achei um Mercadona a quinze minutos do local do show. O Mercadona é uma rede de supermercados bem famosa aqui na Espanha. O legal é que é muito barato. Comprei pão, banana, queijo, suco de laranja, chocolate e biscoito. Comida suficiente pra três dias e gastei apenas seis euros. Não me lembro de ter ficado tão feliz ao fazer compras, hehe. Não me lembro de ter pago uma conta com tanta satisfação, também. Saí do supermercado, achei uma pracinha bem bonita com banquinhos, belo jardim e longe do sol escaldante e lá escolhi pra fazer meu piquenique. Fazia dias que não comia tão bem e assim o fiz. Comi até me sentir uma porca obesa e lá fiquei fazendo minha digestão por horas. Decidi ir ao local do show às 19h, meia hora depois da abertura dos portões. 19h e o sol ainda queimava sem dó como se fosse às 16h no Brasil. Entrando no local do show, o que mais se via era gente suada e fedida. Muita gente feia, também. Diferentemente do show da Bélgica que foi o mais bonito, o show da Espanha foi o mais feio em termos de público, hehe. Sim, eu sou fresco, odeio contato com gente suada e fedida, hehe. Ainda mais quando inventam de tirar a camisa. Todo lugar que eu parava alguém vinha pra cima de mim e eu ficava me esquivando, até que perdia a paciência e empurrava as pessoas e dizia em inglês, espanhol e brasileiro que eu tava recuando e recuando e ainda assim continuavam encostando-se a mim, que, por favor, parassem. Não sei se fiz uma cara muito feia, mas obedeceram, hehe. Ao ter alguns segundos de paz, fiquei feliz porque encontrei um dos meus amigos finlandeses que tinham me salvado na Romênia. O Verneri. O outro, o Tuomas, estava na barreira esperando o show. Finlandês corajoso! Se eu que sou do Hellcife tava estilando aquele sol escaldante, imagina o pobre finlandês acostumado com o gelo. Eu e o Verneri encontramos um grupo de espanhóis bacanas e ficamos por ali, mesmo. O engraçado é que um casal de irmãos tinha o pai que era brasileiro de Hellcife. Vai coincidir assim na puta que o pariu, hehe. A menina era até bonita, mas levantou o braço e deu vontade de vomitar. Não é nem um pouco sexy uma menina com o sovaco cabeludo. Qualquer possível atração física foi jogada ao esgoto depois dessa. Eca!! Ficamos todos conversando até a hora do show do Edguy, por volta das 19h30. Não gosto da banda, mas não posso negar o quão carismático é o tal do Tobias Sammet. O alemãozinho sabe empolgar a galera de forma espontânea, sem ser irritantemente artificial como um bando dessas bandas novas chatas e artificiais. Conheço pouco do Edguy e detesto metal melódico, mas até que foi empolgante o show dos alemães. Mas, claro, o que importava mesmo era o show do Maiden. Um show especial. O último de 2010 nessa pré-turnê do tão esperado novo álbum, o The Final Frontier. De longe, o melhor álbum da Donzela desde a volta do Bruce e do Adrian em 1999. Aos trancos e barrancos, conseguimos atingir o objetivo principal dessa viagem louca, irresponsável e sem noção que foi acompanhar a 10 dos 11 show do Maiden na Europa. Só perdemos o da Suécia que não conseguimos ingresso. Os fãs suecos do Maiden são tão ou mais apaixonados que os brasileiros. A diferença é que eles têm bala pra gastar, hehe. E, acabou sendo um bom negócio perder o show sueco, pois choveu bicas por lá e o local se tornou num campo de batalha com lama pra todo lugar. Depois de todas as chuvas e lamaçais que peguei na Suíça e Inglaterra, não foi um mau negócio perder esse. Acho que ficou de bom tamanho 10 dos 11 shows na Europa. Agora, temos na bagagem, 13 shows da Donzela de Ferro. Nada mal. Ótima experiência de vida acompanhar uma turnê inteira de uma banda. Você percebe que os caras são apenas seres humanos que tem dias bons e ruins. Há shows bons e ruins e há públicos bons e ruins. A experiência ganha em ver o Maiden em 10 países e 10 cidades diferentes foi fantástica. Conheci gente do mundo inteiro e, impressionantemente, achei ao menos um brasileiro em todos esses lugares que fui. Fiz bons amigos como os finlandeses e o japonês. Descobri que há muito filha da puta no mundo, mas dei sorte de encontrar muito mais gente boa que me ajudou bastante nessa minha aventura sem noção. Experiências não faltaram. Me sinto uma espécie de super-homem, agora. Nada mais me causa medo. Nada mais me entristece. Nada mais parece impossível. Não tenho mais medo de me perder. Esteja onde estiver. A auto-confiança adquirida numa viagem dessa é enorme. Apesar dos sufocos, passaria tudo de novo. Pois, foi através dos sufocos e dos momentos ruins que aprendi a me virar e resolver os problemas. Por mais difíceis e impossíveis de resolver que fossem.
O Maiden entrou feliz no palco pro seu último show. Toda a equipe estava em clima de despedida. Todos usando chapéus de festa, já que era o último show da turnê. Por mais divertida que seja uma turnê, o cansaço chega pra todos. Foram dois meses e meio na estrada pros caras, 36 shows em 13 países diferentes. Tudo isso, dando 200% de si em cada noite pra caras que já passaram dos cinqüenta anos e continuam fazendo shows como se tivessem 25. Principalmente Bruce Dickinson e Steve Harris. Esses caras são foda. Correm e pulam durante 2h sem perder o fôlego e sem o auxílio de substâncias químicas. Realmente, esses dois são a alma do Maiden ao vivo. É assustadoramente fantástica a performance e energia desses dois gigantes do heavy metal. Baixinhos em estatura, mas gigantes em feitos.
Nunca vi o Steve Harris usar tantos baixos diferentes numa mesma noite. Usou o tradicional branco e preto com o logo do West Ham, mas também usou o azul com relâmpagos e, pela primeira vez em anos, usou o baixo vermelho. O Bruce pôs em dias sua herança de homem aranha e saiu escalando as estruturas do palco na Espanha. Quem não deve gostar nada disso é o Rod Smallwood, empresário da banda que, deve ficar com o coração na boca cada vez que o Bruce inventa de fazer essas maluquices. Toda vez que o Bruce inventa de correr e pular sob as caixas de retorno e caindo literalmente na ponta final do palco, o Rod também deve passar mal. Cada vez que o Bruce dá esses saltos suicidas, qualquer milímetro calculado errado resulta numa queda feia num palco de uns três metros de altura. Melhor não pensar no pior, hehe. Fiquei surpreso, pois tava no canto direito do palco, único lugar que eu poderia ver o show em paz, sem nenhum bêbado fedido e suado se encostando em mim, quando, do nada, aparece o Rod Smallwood. Não soube o que fazer na hora e o máximo que fiz foi dizer: ‘Hi, Rod”, que, muito simpático, devolveu o comprimento com um sorriso sincero. Espero não mais perder câmeras numa próxima viagem...
Voltando ao show, uma banda feliz e, talvez, aliviada por finalizar mais uma turnê de sucesso sem nenhum show cancelado. 22 mil pessoas acompanharam a última apresentação de 2010 do sexteto inglês. Até Adrian e Dave, os mais sérios, entraram na brincadeira e puseram chapeuzinhos engraçados e óculos de sol, entrando na brincadeira dos roadies. Um ótimo show de uma ótima turnê que, como sempre na história do Maiden, poderia ter um set list mais interessante, mas, ainda assim, a experiência foi ótima. Uma experiência e tanto que, espero, não seja a última vez.
Show finalizado com chave de ouro, era chegada a hora de voltar ao mundo real dos seres humanos normais e seguir meu rumo. Precisava descobrir onde e qual ônibus pegar pra chegar à estação. Após andar um bocado e sair perguntando a todo mundo, achei o lugar, mas tive que esperar até 01h30 pra pegar o ônibus. Aqui na Espanha, depois das 0h, o transporte público continua funcionando, mas apenas ônibus noturnos de meia em meia hora. Os bacurais europeus acho, hehe. Me sentei calmamente, comi um biscoito e esperei pacientemente meu ônibus. Em pouco mais de vinte minutos cheguei à estação que, surpresa, assim como na Hungria, estava fechada. Eram cerca de 2h e a mesma só abriria às 4h45. Sem cerimônias, amarrei a mochila no braço, a fiz de travesseiro e fiz companhia as dezenas de metaleiros que faziam o mesmo na espera pelos seus trens. Cochilei fácil pra minha própria surpresa e só acordei com o barulho das portas da estação sendo abertas. Quando entrei, descobri que sim, havia um trem pra Barcelona, mas só às 17h. E eu só poderia comprar o bilhete às 6h00. Pra quem já esperou tanto nessa viagem...esperei pacientemente e, quando as bilheterias abriram, fui o primeiro a ser atendido. Finalmente estava com a passagem à Barcelona em mãos. Poderia finalmente respirar em paz. Tentei de todas as formas achar conexão na estação e ao redor, mas sem sucesso. Minha mãe, no Brasil, tadinha, devia tá desesperada sem notícias, achando que eu tinha morrido, mas eu simplesmente não achei lugar pra entrar em contato com a pobrezinha ou com Calumby, meu amigo, e avisar que estaria voltando à Barcelona no domingo à noite. Como não haveria o que fazer, o jeito foi esperar as quase 12h pro trem na estação mesmo. Cerca de 12h, fui dar outro giro por Valência pra ver se achava conexão. Sem sucesso novamente, mas, antes de sair da estação, ouvi alguém chamar meu nome. Eram os amigos finlandeses. Também precisavam ir à Barcelona pra, de lá, pegar um vôo no outro dia pra Suécia e, finalmente, chegar à sua terra natal, Helsinque, Finlândia. Avisei que tinha conseguido um trem por 24 euros e compraram o mesmo. Voltaríamos todos juntos. Soou bacana. Passagem dos finlandeses em mãos, me convidaram pra ir à praia, comer, pegar as mochilas deles no albergue e, de lá, voltarmos à estação. Não aceitei, pois disse que era vampiro e detestava sol e calor e, no domingo, tava ainda mais quente que no sábado. Os finlandeses insistiram e, haviam sido tão legais comigo que não pude dizer não e lá fomos nós. Tiramos umas fotos engraçadas e fomos à praia. Mulher fazendo top less pra todos os lados, o que nos rendeu boas e engraçadas fotos, hehe. Após nossa breve passagem na praia, pegamos o metro, comemos algo e fomos à estação pegar nosso trem de cinco horas à Barcelona. No mesmo vagão, ainda encontramos o casal de irmãos espanhóis que achamos no dia anterior no show. A essa altura, todos estávamos mortos de cansados, imundos, com sono, fome e, o que mais queríamos, era voltar às nossas casas, dormir horas, tomar um banho e voltar à civilização. A pouco mais de cinco minutos antes de, finalmente chegarmos à Barcelona, toca o “meu” celular. Era meu amigo Calumby, desesperado, perguntando se eu tava vivo, que minha mãe tinha ligado desesperada e chorando pra ele, perguntando se tinha notícias minhas. A ligação tava triste, mas expliquei por alto o que tinha acontecido e pedi pra ligar pra ela e dizer que tava tudo bem. Bichinha da mamãe. Tadinha. Chegando, finalmente à Barcelona, estávamos todos exaustos e os finlandeses começaram a discutir. Nada grave, apenas estresse acumulado do cansaço. Um deles se emputeceu e foi sozinho pro aeroporto. Tive que tomar conta do outro, hehe. Mas o cara era tão gente boa que fiz com prazer. Como já sabia me virar em Barcelona, funcionei de guia pro Tuomas. Achei um lugar pra ele comer, depois pegamos um metro e depois fui pra parada com ele esperar o ônibus pro aeroporto. Fiquei com ele até o ônibus chegar. O mesmo, me agradeceu profundamente. Muito gente boa o povo finlandês, mais legal ainda é saber que, quando voltar à Finlândia, tenho onde ficar e companhia. Nada mal. Nessa vida, tudo são contatos e, não posso reclamar dos meus amigos. São poucos, mas preciosos. Calumby, Rena, Cynthia, Dea, Elton...todos me ajudaram muuuito e essa viagem jamais teria acontecido sem a ajuda deles. Outros poucos me decepcionaram ao sequer responder quando precisei de ajuda. Agora, é voltar ao Brasil e pagar tudo que devo a esses excelentes corações que me salvaram nas horas mais difíceis. Estou orgulhoso de saber que no momento que mais precisei, esses amigos estiveram sempre ao meu lado assim como meus pais. Se nossa relação esteve muito abalada nos últimos anos, cresceu incrivelmente após o traumático fim do meu último relacionamento onde fui covardemente sacaneado por uma pessoa que dei a vida e no final se mostrou ser a pessoa mais execrável do mundo, mas, quis a vida que eu sobrevivesse dessa terrível decepção pra nascer uma nova pessoa, muito melhor e mais forte em todos os sentidos. Minha relação com meus pais e amigos se fortaleceu e, hoje, são as coisas mais importantes da minha vida. Agora, é manter a calma e pagar tudo que devo a essas pessoas que me salvaram e confiaram e ainda estão confiando em mim. Pessoas queridas, obrigado, por mais que seja difícil, eu não vou lhes deixar na mão.
Set List
01. Intro: Doctor Doctor - The Wicker Man
02. Ghost Of The Navigator
03. Wrathchild
04. El Dorado
05. Dance Of Death
06. The Reincarnation Of Benjamin Breeg
07. These Colours Don't Run
08. Blood Brothers
09. Wildest Dreams
10. No More Lies
11. Brave New World
12. Fear Of The Dark
13. Iron Maiden
Bis
14. The Number of the Beast
15. Hallowed Be Thy Name
16. Running Free
PS: Dedico esse post aos meus amigos Calumby, Rena, Cynthia, Dea, Elton, Raul e Hugo que foi vital ao avisar a minha mãe do sufoco que eu tava passando na Bélgica. Sem sua mensagem à minha mãe, Hugo, eu estaria fodido. Você salvou alguém. Obrigado de coração. Pessoas queridas, desculpem o aperreio que os fiz passar com minha mãe, tadinha, ligando desesperada pra vocês, buscando informações. O que importa é que estou bem, voltando pra casa são e salvo e em paz pra lhes pagar o que devo. Fiquem em paz que não lhes decepcionarei. Obrigado de coração a todos vocês, queridos e fiéis amigos, queridos e fiéis pais. Up the Irons!
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