6 de novembro de 2011

Pearl Jam - Morumbi, São Paulo - 03/11/2011

"Oh I, oh, I'm still alive..."

Recife, Brasil

Nossa viagem começou às 22h da quarta-feira, dia 02 de novembro de 2011. Nosso vôo sairia às 01h35, mas às 22h, eu já tava na casa do meu primo-irmão arrumando tudo. Seria a primeira vez do cidadão em São Paulo e a primeira vez num show grande. Após muito zumbido na cabeça dele, consegui convencê-lo a ir. Ok, a namorada dele também estaria lá e isso o fez pensar. Mas que eu tive minha parcela de incentivo tive. Grande parcela, eu diria, hehe.

Pegamos um táxi-ninja e antes de chegarmos ao aeroporto a gente já tinha voado. O caba fez Madalena/Aeroporto em dez minutos. Já no aeroporto, a gente esperou pouco mais de uma hora e já estávamos no avião. Bem que a gente tentou dormir no võo, mas nada feito. Breves cochilos e nada mais. Saímos de Hellcife com 28 graus. Chegamos em fucking São Paulo com 12. Primeira parada: banheiro, botar uma segunda camisa e uma jaqueta, já que eu tava congelando. Sim, além do frio, ainda tinha o vento. Meu primo tirou onda, mas ele tava com sua jaqueta de motoqueiro receitada por mim. Aquecido é fácil tirar onda dos outros né, infeliz? "Tu e tuas ondas né, boy..."




Chegamos em Guarulhos umas seis da manhã e logo pegamos o buzão rumo à Congonhas. Nas duas horas de percurso, a gente conseguiu cochilar melhor. Ônibus com frio e suspensão a ar é bem mais convidativo pra dormir que um avião. O avião era novinho, mas mesmo assim, nenhum conforto. Ao chegar em Congonhas, meu primo ficou espantado que a gente teria que enfrentar duas filas quilométricas pra pegar um táxi. A primeira pra comprar o ticket, a segunda pra entrar no carro. Custaria seus R$ 25,00 e uma hora pra gente conseguir entrar num táxi. Sendo otimista. Pegamos um ônibus e em meia hora chegamos ao nosso destino, casa da minha amiga Cynthia ao custo de R$ 0,00. Sim, a cobradora do buzão não tinha troco, logo, nossa viagem sem estresse, saiu de R$ 25,00 por R$ 0,00. Ótima economia, não? Hehe.

A essa altura do campeonato, tanto meu primo como eu, já somávamos um dia sem dormir. Ligadões. Breves cochilos no avião e no ônibus não contam nem pra caridade. Fomos com minha amiga e inquilina de sempre (Cynthia-menina, menina-Cynthia) bater perna em São Paulo e gastar dinheiro na Galeria do Rock e na Bela Paulista. Eles, porque eu não comprei nada. Desde que precisei vender minhas coleções e outras cossitas más, me desapeguei de bens materiais. Bom que isso torna toda sua vida mais econômica e te faz pensar antes de comprar qualquer coisa: "Preciso disso?". Após chegarmos em casa, breve cochilinho e hora de ir pro primeiro dos dos dois show do Pearl Jam no Morumbão.




Já estávamos no estádio umas 18h30, pouco mais de duas horas antes do show. Caminhando aqui e ali, ficamos relativamente perto do palco. A abertura do show do Pearl Jam ficou por conta da X the band. A vocalista amalucada, que já é uma senhora, logo ganhou o apelido de Susan Boyle pela semelhança física, mas a banda foi bem recebida pelo público. Muito boa banda por sinal. Vocalista muito bom, assim como o restante da banda e, principalmente, a música do grupo. Grata surpresa pelos quarenta e cinco minutos que tocaram as cerca de 40 mil pessoas no Morumbão. Arquibancadas e cadeiras vazias, mas pista bem cheia.

O Pearl Jam atrasou cerca de meia hora, o que deixou as pessoas meio putas da vida, visto que a Time For Fun fez questão de divulgar aos quatro ventos, dias antes que as apresentações seriam adiantas em quinze minutos. Resultado, o show que deveria começar às 20h45 começou às 21h15. Após uma breve introdução, o Pearl Jam entra no palco com uma canção lenta, arrasta, quase hipnótica. O que, no final das contas, foi uma ótima (e bonita) forma d'abri um show.




Depois da introdução, veio uma mais agitada pra fazer todo mundo pular. Ao longo da apresentação vieram muitos clássicos pra esquentar as pessoas. Fazia cerca de 14 graus e com os ventos do Morumbi, a sensação de frio era maior. Mas, um show do Pearl Jam é mais do que suficiente pra aquecer qualquer uma. A banda esteve simpática como sempre e quando Eddie Vedder arriscou falar em português uma frase ou outra, conseguiu a simpatia de todos, além de fazer todos rirem felizes da vida. O cidadão é o carisma em pessoa e é muito engraçado ver o esforço que ele faz tentando falar português e nem sempre conseguindo, hehe. Mas o gesto é simpático e espontâneo, o que faz dessa banda que não tem um estilo definido de rock pela variedade das suas músicas, mas tem uma legião de fãs tão fiéis quanto a do Iron Maiden. A simpatia e espontaneidade da banda, além da música de muito bom gosto a torna única nesses tempos de tantas porcarias ruins e falsas.

O show, que teve direito a dois bis, teve cerca de duas horas e quinze e creio que tenha deixado não só a mim, meu primo (passou pela prova de fogo dum show grande) e minha amiga Cynthia-menina, menina-Cynthia satisfeitos, como as cerca de quarenta mil pessoas que lá estavam. Às 0h30 estávamos acabados e em casa e às 2h00, finalmente dormindo. A essa altura já fazia uns 12 graus lá fora e, eu e meu primo, após quase dois dias inteirinhos sem dormir, finalmente estávamos prontos pra dormir. Precisávamos. A sexta-feira seria igualmente longa com o segundo show do Pearl Jam. Após umas oito horas de sono gelado, estaríamos prontinhos pra isso.

Set list

Release
Cordouroy
Why Go
Animal
Worldwide Suicide
Got Some
Even Flow
Unthought Known
Whipping
Daughter
Olé
Down
Save You
The Fixer
Do The Evolution
Porch

Bis

Elderly Woman Behind The Counter in a Small Town
Just Breathe
Come Back
I Believe in Miracles (Ramones)
Alive

Bis 2

Comatose
Black
Better Man
Rearviewmirror
Rockin' in the Free World (Neil Young)

PS: Post dedicado a, claro, minha amiga Cynthia-menina, menina-Cynthia que, das minhas nove vezes em São Paulo, me hospedou gentilmente em sete delas. Dessa vez, ainda abrigou meu primo-irmão, McMala. Brigadão, DE NOVO.

Um comentário:

  1. Este outro show q eu queria ir. Tenho simpatia por Eddie, uma pena q não tocou Jeremy, mas pelo menos tocou even flow e better man :)

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