23 de julho de 2012

Iron Maiden - Toronto, Canadá - 13/07/12

"That as soon as you're born you're dying..."


Recife


E Toronto foi o palco do nosso décimo oitavo show do Iron Maiden, o quarto em terras canadenses nessa nova e segunda viagem maluca por este mundão. Sempre é uma ótima experiência assistir a essa banda ao vivo. Nestes tempos descartáveis que os gênios vão morrendo aos poucos e os idiotas vão surgindo aos montes, assistir pessoalmente às últimas lendas vivas é uma oportunidade que não se pode perder. E nunca se sabe o dia d'amanhã...


Ottawa, o primeiro show no Canadá, era a hora de se deliciar com o primeiro show visto nessa Maiden England North American Tour 2012. O segundo, em Quebec, era pra curtir de verdade, num local relativamente pequeno, apenas pra fãs e vendo os caras a um palmo de distância. O terceiro, em Montreal, igualmente confortável, assistir a um show com um grande amigo e o quarto e último, um sentimento diferente. Último show de 2012, últimos dias no Canadá, igualmente na presença duma grande amiga, numa grande cidade. Ah, essa Toronto...


E Toronto recebeu o melhor show dessa primeira parte da tour no Canadá (não estarei presente nos outros quatros em Winnipeg, Calgary, Edmonton e Vancouver). O mais lotado, também. Segundo Bruce, cerca de vinte mil pessoas estavam presentes na noite de sexta-feira 13, também dia mundial do rock no Molson Amphitheater. Fiquei no setor General Admission, que não tinha mais que 3 mil pessoas. Pra quem gosta de  verdade da banda, um sonho. Realmente perto, com pessoas educadas e um palco não muito alto. Tudo na medida certa pra encerrar com chave de ouro nossa segunda tour maluca por esse mundão...


Com casa cheia e um público fiel, respeitoso e apaixonado, a performance da banda que sempre é pra lá de incendiária, estava ainda mais. Parece um clichê, mas não é. Grande parte do clima de um show, se deve ao público que o assiste. Ok, alguns dias, nem com o melhor público do mundo a coisa funciona. Mas nesta sexta-feira 13 funcionou. E muito bem. A banda entrou mais uma vez com "sangue nos óio". Moonchild é uma música poderosa e perfeita pra começar um show de uma tour tão especial como esta. A música não é curta, quase seis minutos, mas passam extremamente rápido. Há algo de hipnótico nesta música. Quando a mesma acaba, mal você consegue respirar e pensar consigo mesmo: "Uau, estou mesmo num show do Maiden e mesmo sendo a décima oitava vez, esse sentimento de excitação nunca vai embora!". Can I Play with Madness, apesar de não ser uma das minhas favoritas, funciona muito bem ao vivo e te distrai pra você, mais uma vez, entrar em transe com outro clássico que não era executado há anos. The Prisoner vem na hora certa de quase te fazer chorar. Uma das obra-primas do The Number of the Beast que era pedida de volta há tantos anos. Na sequência, te enfiam 2 minutes to midnight guela abaixo pra você cair um pouco na realidade e ser um pouco crítico: "Poxa, essa música é bacana, mas já foi tocada a exaustão e pode muito bem sair do set pra dar lugar a músicas muito melhores que todos querem ouvir por muitos e muitos anos." Afraid to shoot strangers, é uma daquelas surpresas raras no set. Apesar de não ter muito a ver com esta tour, é muito bem-vinda. De brinde, conta com uma interpretação fantástica do Bruce, o que faz ler nas entrelinhas as músicas especiais que o baixinho dá 200% na interpretação. The Trooper vem na sequencia. É uma daquelas clássicas que, apesar de não me agradar muito, funciona muito bem ao vivo, assim como a The Number of the Beast que conta com um enorme demônio mecânico no fundo do palco que se move durante os cinco minutos da música. Com todas as chamas do cenário, você, muitas vezes, pode até se perguntar se aquele boneco não é real, tamanha a realidade do mesmo. Phamtom of the Opera, apesar de ser uma obra-prima, também poderia sair do set pra dar espaço a mais clássicos não executados ao vivo. Run to the Hills, uma das clássicas, mas já tão batidas que você canta meio que no automático. Todo o dinheiro que gastaram no demônio da Number of the Beast, na pirotecnia de todo os show, no belíssimo cenário e nos outros dois Eddies, deve ter secado os cofres da banda. Durante a execução da Run to the Hills, um Eddie muuuito tosco entra no palco. Depois de ficar acostumado com os fantásticos e pra lá de bem-feitos e reais da Somewhere Back in Time e Final Frontier, esse foi pra lá de vagabundo, hehe. Os outros dois citados estão tão bem-feitos que a gente perdoa esse lapso. Wasted years vem trazendo toda a sutileza de Mr. Adrian Smith que conquistou tantos e tantos fãs da Donzela. Seventh son of a seventh son, não executada desde 1988 e  um dos maiores épicos de toda a história da banda, juntamente com Rime of the Ancient Mariner é finalmente executada. Como diz um amigo: "Agora a porra fica séria..." A começar pelo Eddie gigantesco no fundo do palco com sua bola de cristal ainda mais realista. Duas enormes velas pegando fogo, em casa lado do palco e um órgão sombrio com o "sétimo membro" do Maiden, igualmente pra lá de sombrio, tornam de longe o momento-chave deste show. A interpretação do Bruce, com uma capa medieval e todo o clima místico da música, te fazem visitar um outro mundo durante os mais de dez minutos dessa obra-prima do rock and roll. Quando a música acaba, você fica ainda catatônico. Você que ainda não viu esta tour, me entenderá quando a vir a vivo. Dê uma chance a si mesmo e não perca esse show quando passar aqui no Brasil no próximo ano. The Clairvoyant com uma das introduções de baixo mais lindas que Mr. Steve Harris já criou, te faz se sentir realmente bem e lembrar do quão boa é esta música. Fear of the Dark chega pra você dizer: "Ah, não! Com tanta música boa não tocada há tanto tempo e Fear of the Dark de novo?!!!"Mas é impressionante como a filhga da puta funciona bem ao vivo e incendeia o público após a viagem mística de Seventh son e ao baixo galopante de The Clairvoyant. Iron Maiden vem pra encerrar a primeira parte do show com o Eddie mais fantástico reproduzido ao vivo, dando a luz ao sétimo filho. Não há forma melhor de encerrar a primeira parte do show com o Eddie, literalmente parindo o sétimo filho. Após o bis, Aces High é outra surpresa nesta tour. Como meu amigo Camillo falou, o show começa de novo com ela. É uma das músicas mais adoradas do Maiden e uma das minhas preferidas, mas que exige muito do Bruce. E como abertura do bis, o Bruce e a banda já estão muito cansados. Mais uma que poderia dar espaço a mais músicas do Somewhere in Time que toda a humanidade quer ouvir há decadas. The evil that men do e Running free encerram as quase duas horas d'apresentação. São mais duas músicas pra lá de batidas que não deixariam ninguém triste se saíssem do set...


E este foi nosso último show em terras canadenses. Já são dezoito shows do Maiden nas costas, vistos em dois continentes, doze países e dezesseis cidades. Já vi shows do Maiden bons, ruins, fantásticos e históricos. Já vi o Maiden tocar pra menos de 10 mil pessoas e pra quase 100. Mas uma coisa não mudou em todos esses lugares. O profissionalismo da banda que, mesmo nos dias ruins, dá 300% ao vivo. Da devoção e paixão dos fãs, seja qual for o país, continente, cidade, lugar. Não são palavras dum fã fanático, apesar de parecer. São palavras de quem já viu e vê tantas bandas, mas que só a Donzela de Ferro consegue reunir tantos sentimentos duma só vez. E não são só os meus. Enquanto esses senhores ingleses continuarem levando sua arte tão a sério e fazendo tudo com paixão e profissionalismo, vai ser difícil parar e pros fãs, vai ser difícil enjoar, mesmo que, infelizmente, o set list continue sendo sempre o calcanhar d'Aquiles desses bretões tão fantásticos. Que venha 2013 com algumas mudanças. A esperança nos faz sempre acreditar. Up the irons!!


As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.117007025110905.28144.100004048244728&type=3

Set list 

Intro 

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.
01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

Ps: Post dedicado à minha companheira no show de Toronto. Dona do albergue d'Ozonia e que me aturou por semanas no seu cafofo com tanto carinho. Até o próximo, Ozönia. Up the irons!!








13 de julho de 2012

Iron Maiden - Montreal, Canadá - 11/07/2012

"The seventh, the heavenly, the chosen one..."

Toronto

Os shows estão sendo progressivos aqui no Canadá. A medida que vão se passando, a banda vai se soltando mais, se sentindo melhor em cada cidade e, consequentemente, melhora a performance ao vivo. O grande carro-chefe do Iron Maiden. E assim foi em Montreal na última quarta-feira. Meu último dia na cidade com um show do Iron Maiden. Nada mau. Ainda mais na presença dum amigão. Camillo Lakiss, vulgo monstro. Talvez por ter gostos iguais e pensamentos relativamente iguais, ele tenha sido meu único amigo nos tempos da faculdade. Por isso, na época, nos botaram o apelido de Tico e Teco.

Lá se vão dois anos que o monstro decidiu sair do Hellcife e morar em Montreal. Desde então, tava devendo uma visita. No começo do ano, o Iron Maiden anunciou a turnê que passaria apenas por EUA e Canadá. Nada melhor então que unir o útil ao agradável. Visitar um amigo, a pista de Montreal (quem é fã de F1, vai entender) e de quebra, assistir ao Iron Maiden numa turnê especial como a Maiden England. E assim foi.

A gente chegou no Centre Bell, meia hora antes do show, logo escolhemos nossos lugares, sem nenhum estresse e nos acomodamos. O público de Montreal foi, mais uma vez, bastante educado como o restante dos shows no Canadá até então (Ottawa e Quebec), mas, entre os três, o mais apaixonado. Um animado Bruce Dickinson falou em francês a noite inteira com o público, o que ganha a simpatia de qualquer nativo. Um dos pontos que o baixinho abordou, foi a relação especial que a banda tem o Canadá. A primeira turnê por aqui foi há distantes trinta anos. Na tour do The Number of the Beast.

Cerca de 15 mil pessoas estavam presentes na quarta-feira, 11 de julho, no Centre Bell em Montreal. E tenho certeza que, todas elas, inclusive eu e meu amigos, voltaram pra casa 90% satisfeitas. Performance inspirada, toda a pirotecnia funcionando perfeitamente, público empolgado e composto realmente de fãs. O único porém, de novo, é o set list. Acompanho os caras desde 1996 e já é sabido que os set lists da banda, infelizmente, são seu calcanhar d'Aquiles. Já disse isso nos outros posts dos shows de Ottawa e Quebec e vou dizer novamente aqui. É um sacrilégio deixar de fora "Infinite Dreams" justo na turnê revisitada do 7th Son. Em alguns momentos do show, onde havia um pouco mais de discurso do Bruce, até rolou uma breve esperança de tocarem, mas nada feito. A esperança que executem esssa obra-prima nas pernas 3 e 4 de 2013, porém, continua. A nós, pobres mortais, nos resta aguardar. Hoje, sexta-feira 13, dia mundial do rock, nenhuma outra melhor forma de comemorar isso com mais um show do Iron Maiden, ainda mais na presença duma grande amiga, Ozonia, que tá me hospedando aqui em Toronto com todo o carinho do mundo. Será também meu último fim de semana no Canadá. Após longos dois meses de viagem, segunda-feira é hora de voltar pra casa. Mas enquanto a hora não chega, logo mais, aqui em Toronto, meu show do Maiden de número 18. Up the fucking irons!!

As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/everaldo.junior.731/photos#!/media/set/?set=a.115355638609377.26396.100004048244728&type=3

Set list

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.
01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

Ps: Post em homenagem, é claro, ao meu amigo Toronto e sua guria, Kaisa. Além da companhia, me abrigaram com todo carinho e atenção do mundo. Brigado pessoas e até um futuro próximo :)



11 de julho de 2012

Iron Maiden - Quebec City, Canadá - 08/07/2012

"I am he the bornless one, the fallen angel watching you..."

Montreal

Quando se assiste a um show tão grandioso ao vivo como é o do Iron Maiden, um espetáculo nunca é suficiente pra analisar e absorver tudo. Mesmo quando os set lists são os mesmos durante a turnê inteira (o calcanhar d'Aquiles do Iron Maiden). Sendo assim, escolhi quatro shows durante esta primeira perna da Maiden England World Tour. No primeiro, você só observa. No segundo, você analisa com mais calma. No terceiro, compreende cada detalhe e no quarto, você curte mais profundamente e também por ser o último.

Grandes diferenças dos shows de Ottawa e Quebec. O primeiro, era num festival pra cerca de vinte mil pessoas e, como acontece na maioria dos festivais, a maioria do público é de curiosos e não de fãs leais como são conhecidos os do Maiden. Talvez por isso, a banda tenha dado muito mais o sangue no show de Quebec. E assim foi. O local escolhido, o Colisee Pepsi estava cheio, mas não lotado. Acho que umas 10/12 mil pessoas no máximo. Na pista, umas quatro ou cinco no máximo. E assistir o Maiden num lugar desses é fantástico. Foi meu décimo sétimo show do Iron Maiden e o primeiro que fiquei na grade. Palco baixo, público comportado, tudo de bom. Foi realmente impressionante assistir aos caras, pela primeira vez, a um braço de distância. Toda a energia da banda, juntamente com o som alto e toda as labaredas das pirotecnias são sentidos muito de perto pelo seu corpo. Uma experiência fantástica. Pra quem é realmente fã, então. Único. Assistir shows grandes com 40, 50, 100 mil pessoas, pode ser bom do ponto de vista de ver como a banda é poderosa, mas é desconfortável. Ver a banda em um lugar relativamente pequeno, só pras fãs, grudado nos caras, seguindo cada gota de suor que cai deles, torna assistir a um show do Iron Maiden como ele realmente é. 200% d'energia e calor humano. Não existe presença de palco igual a desses senhores que, aos poucos, vão se aproximando dos sessenta anos. A energia dos caras supera a de muitos moleques de 25 anos. O que torna a coisa ainda mais impressionante...

Houve vídeos mais elaborados como introdução pra várias músicas. Logo depois de Doctor Doctor, há um empolgante vídeo das geleiras (parecido com os do Maiden England original, porém, atualisados e muito mais bem feitos e realistas), com o Bruce cantando a introdução de Moonchild de fundo (parecido com a Satellite 15, antes da Final Frontier), há o vídeo introdutório de Prisoner, o discurso de Churchill's em Aces High (a introdução da Somewhere Back in Time, lembram?) e assim por diante.

A maior surpresa desse show, foi a presença do terceiro Eddie na 7th Son of a 7th Son. Um Eddie vidente gigantesco cresce por trás do palco com um efeito muito realista de luz vermelha nos olhos. Há uma enorme vela com um demônio do lado direito do palco e uma outra enorme com um anjo, do lado esquerdo. Ambas vão queimando aos poucos no desenrolar da música que tem uma performance inspirada do Bruce. Bruce, que por sinal, aparece com um figurino diferente nesta música. A banda investiu pesado nesse Eddie e mais ainda no segundo, que aparece na execução da Iron Maiden. Este, o do 7th son. Aparece com a cabeça em chamas, mexendo a cabeça e com o feto se mexendo. Ambos, gigantescos e muitíssimo bem-feitos e realistas. Sendo assim, acho que o dinheiro acabou pro terceiro Eddie que entra durante a execução da Run to the Hills. Esse, muito mal-feito. Quase amador. Em nada lembra os das turnës passadas, Somewhere Back in Time e Final Frontier World Tour que eram espetaculares.

Os fogos funcionaram muito melhor também neste show de Quebec. Por ser um local fechado, o efeito foi outro e não teve problema com chuva e vento pra estragar um pouco dos efeitos. Essa turnê está pra lá de especial. O pecado, infelizmente, é o set list. Deixar Killers, Halloweed be thy name, Die with your boots on, Caught somewhere in time, Strange in a Strange Land, Heaven Can Wait, Alexander the Great e PRINCIPALMENTE, Infinite Dreams é um sacrilégio. A surpresa por Afraid to Shoot Stranger (execução perfeita), é muito bem-vinda, embora ela não devesse estar nesta tour. E mais uma vez, a presença das pra lá de saturadas Running Free, 2 Minutes to Midnight, The Evil that Men do e Fear of the Dark dão uma arranhada nessa tour tão especial. A esperança, e ninguém me tira ela, é que ano que vem, nas pernas 2 e 3 da turnê, vão dar uma pequena mexida no set e, ao menos Infinite Dreams será executada. A nós, brasileiros, resta esperar. Os shows daí, provavelmente serão anunciados no site oficial em novembro, junto com todas as datas de 2013. Por aqui no Canadá, ainda temos o show de Montreal e Toronto. Especiais por estar na presença de grandes amigos de longa data que estão me dando a maior força aqui no Canadá. Assistir a um show do Maiden é sempre especial. Na presença de amigos queridos que moram em outros países e que você mal vê uma vez por ano, faz a coisa ficar realmente inesquecível. Vamos lá então aos shows 17 e 18 dos ingleses. Up the fucking irons!


As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.113372448807696.23605.100004048244728&type=3

Set list 

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.

01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)



9 de julho de 2012

Iron Maiden - Bluefest, Ottawa, Canada - 07/07/2012 Parte II

"Give me the sense to wonder,, to wonder if I'm free..."

Quebec

Acordei por volta das 8h mas fiquei enrolando na cama ate umas 12h. Sai, dei uma volta de 10 minutos e voltei pro albergue. O sol tava de lascar. O show do Alice Cooper tava marcado pras 19h e o do Maiden as 21h. Cheguei no Royal Park por volta das 18h30 e o sol ainda tava insuportavel. Devo ta todo queimado novamente. Tinham umas 20 mil pessoas la. Publico bem dividido. Festival e uma merda por isso. Quem quer ver a banda mesmo, acaba se estressando. Logo depois do fim do show do Alice Cooper, fui entrando no meio do povo e fiquei quase na grade pro show do Maiden. Triste ilusao de tranquilidade. Logo na quarta musica, fui mais tras pra ter um pouco de tranquilidade. Na frente, so havia guris retardados e espinhentos que abriam roda a cada musica. Quem queria ver o show ficou puto. E, pela primeira vez na vida, bati forte em alguem. Os putos esbarravam em mim e eu esmurrava as costas dos infelizes e os empurrava de volta pra roda sem piedade. Pra evitar confusao e nao perder o show, decidi recuar...

Logo apos a ja caracteristica "Doctor Doctor" do UFO pra abrir os shows do Maiden, uma bonita segunda introducao, antecede o playback de Moonchild. Sim, ao contrario da Somewhwere Back in Time que o Bruce cantava ao vivo a introducao da musica, nessa tour, ela e tocada no playback como acontece na Aces High pra dar tempo dos caras entrarem quebrando tudo. E funciona. A banda entra incendiando tudo. Fogos, e claro. Essa musica e poderosa e funciona bem abrindo um show. As pessoas ficam, literalmente, malucas.

Na sequencia, vem Can I play with madness e o show vai seguindo. A performance da banda, excelente como sempre, mas, mais ou menos na metade do show, senti a banda um pouco cansada e sem taaanto animo. Ate a voz do Bruce deu umas falhadas e ele nao demonstrou taanto empenho como geralmente mostra. O publico, e um pouco mais quente que o da Europa, mas igualmente muito parado pra um show do Iron Maiden. E festival, entao, fode de vez. A grande maioria e de curiosos que sequer conhecem a banda. E muitos sao os espinhentos adolescentes retardados que so perturbam quem quer ver o show...

Mas, mesmo com essas pequenas "nuances", o show foi seguindo. Eu sabia o set list, mas nao sabia a ordem, nem o que aconteceria no show em termos de producao. Me recusei a ver os videos dos primeiros shows no youtube. Preferi deixar tudo mais divertido e surpresa no show ao vivo. E melhor foi. O cenario esta simplesmente fantastico. Tudo feito com muito bom gosto. O azul claro, da arte grafica do 7th Son deixa o cenario bem limpo. Com uns jogos de luzes e efeitos, o cenario fica realmente fantastico. Ha mensao de varios Eddies nas geleiras do cenario, o que deixa a coisa muito agradavel aos olhos...

Ouvir The Prisoner e, principalmente 7th son of a 7th son, nao tem preco. Eu, assim como muitos, queriam ouvir essas musicas ha tempos e a espera e muito bem recompensada. Alem da producao, a execucao das mesmas e fantastica. Voce lembra bem da producao da Somewhere Back in Time com fogos, explosoes, Eddies e o caralho, ok? Pois bem, nessa, a coisa ta ainda melhor e mais profissional. O porem, fica por conta do set list...

Sim, e sabido por todos que o grande defeito do Iron Maiden sao os set lists repetitivos. Ha dezenas de classicos que todos querem ouvir ha decadas e os caras nao tocam de jeito nenhum. Insistem em tocar as mesmas cancoes que, de tao batidas, ninguem aguenta mais ouvir. Isso, infelizmente, acaba sendo um anti-climax nessa tour tao especial. Se voce for analisar o set list de forma racional, deixando a paixao pela banda de lado, nas dezessete musicas tocadas, ha apenas tres novidades: The Prisoner, 7th son a 7th son e Afraid to shoot strangers...

Vamos la. Ok, Iron Maiden e classica e nunca vai sair do set list. Ate pela producao de palco que e sempre executada nessa musica, que finaliza a primeira parte do show. Phamtom of the Opera e fantastica. Mas nao tem muito motivo de ta nessa tour de novo. Foi tocada na Tour Early Days de 2005 pra mesma tour norte americana e europeia e, pra nos, latinos, na ultima perna da Somewhere Back in Time em 2009. Mas Running free? Alem de ser uma musica bem fraquinha, foi executada a exaustao nas ultima tours, inclusive em 2010 e 2011, na Final Frontier. Nao podia ta no set list. Nao ha nenhuma musica do Killers, inclusive a propria que esta presente no video oficial Maiden England e que todos esperavam muito nessa tour e nada. The Number of the Beast, ok, classica e tambem nao sai. Mas tirar Halloweed be thy name e um sacrilegio. Justo nessa tour tao especial. The Prisoner era muito esperada e, felizmente, tocam a bendita. Run to the Hills de novo?? The Trooper, tambem nao sai, e, ate pela arte da turne, era esperado. Tudo bem, a gente aceita. Mas nenhuma outra musica do Piece of Mind como Flight of Icarus, Die With your boots on e Still Life (presentes no Maiden England), dao uma decepcionada legal. Ai os caras chegam no Powerslave e poem Aces High (igualmente fantastica como a Phamtom of the Opera), mas foi carro principal da Somewhere Back in Time. Nao tinha que ta nessa tour. E 2 minutes to midnight, idem! Ao contrario de Aces High, ninguem aguenta mais, e foi executada a exaustao na ultima tour, a Final Frontier. Do Somewhere in Time, apenas Wasted Years. Tambem foi executada a exaustao na Somewhere Back in Time, mas tudo bem que esteja no set list. Mas nada mais do Somewhere in Time? Ha classicos esperados ha anos como Caught somewhere in time, Strange in a strange land e Alexander the Great e os caras nunca tocam. Nao tem jeito!! Chegamos ao 7th son e a escolha foi muito boa. Cinco das oito musicas do album. Mas os caras deixam de fora, justamente a mais idolatrada, Infinite Dreams. Porra!! E pra finalizar, de novo, Fear of the Dark que nao tem que estar nessa tour e ninguem aguenta mais ao vivo. A esperanca e que eles mudem o set pras pernas sul americanas e europeias em 2013. E eles mudam, mas que por favor nao mudem pra pior, pra tirar musicas como 7th son e Prisoner pra botar Wrathchild e Sanctuary por exemplo...


O set list, entao, e a pequena decepcao dessa tour tao especial. Mas quando voce esta no show, voce procura deixar isso do lado e simplesmente aproveitar o show. Ha tanta producao, ha tanto cuidado nas minucias que voce meio que, perdoa, a cagada do set. E assim, vai aproveitando cada segundo do show de quase duas horas que passa beeem rapido. E isso, pessoas, ainda temos os shows de Quebec, Montreal e Toronto pra ver por aqui no Canada. Vamos esperar que, como  falei, na nossa vez, ai no Brasil, em 2013, mudem um pouquinho o set. Ao menos Infinite dreams, ne?!!

As fotos do show, voce pode ver aqui: 

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.113234002154874.23401.100004048244728&type=3

Set list

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.

01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

PS: Perdoem a falta d'acentuacao e os erros de portugues. Esse texto nao foi revisado. Ainda nao comprei meu notebook e os computadores que tenho usado aqui no Canada, exceto os dos meus amigos Camillo e Ozonia, sao desconfigurados pra nosso idioma. 





Iron Maiden - Bluefest, Ottawa, Canada - 07/07/2012 Parte I

"Seven deadly sins, seven ways to win, seven holy paths to hell and your trip begins..." 

Quebec

Sai da estacao de trem de Montreal as 9h55 da sexta-feira, dia 06 de julho. Pouco mais de 2h depois, ja estava em Ottawa. Minha primeira viagem de trem pela America do Norte. E, assim como na Europa, e outro mundo. Ok, voce paga um pouco mais caro, mas tem uma viagem pra la de confortavel. Poltronas que quase viram cama, alem de bastante largas, tomadas pra carregar seus eletronicos e wi fi nos vagoes. E isso na classe economica. Viagem pra la de tranquila.


Chegando em Ottawa, tive aquela mesma sensacao de sufoco que tenho ha quase trinta anos na minha Hellcife. Fazia mais de 40 graus e eu comecei a derreter. O Canada e mesmo 8 ou 80. Quando faz frio, sao quase 40 negativos e toneladas de neve. Quando faz calor, o oposto. Pra minha sorte, o albergue era facinho de novo. Saindo da estacao, um onibus de 15 minutos, depois, uma descida de escadaria e o mesmo a nossa direita. Belo local. O Albergue ta instalado numa antiga prisao. Um clima todo especial. Mas, nota 10 pra administracao. Ja passei por albergues na Europa toda e ate Brasil. Uns bons, outros terriveis. Esse no Canada, junto com o da Suica, ficam entre os top. Limpeza, simpatia dos funcionarios, localizacao, quartos. Nao ha mesmo nada do que reclamar. Se voce estiver indo a Ottawa, va ao Jail Hostel.

O esperado e tao aguardado primeiro show do Iron Maiden nessa minha viagem maluca de 2012 que comecou la no dia 18 de maio, finalmente tava perto. A igualmente tao aguardada Maiden England North American Tour 2012. Fui desbravar Ottawa na mesma sexta, um dia antes do show e conferir logo o caminho. Cerca de meia hora de caminhada e pronto. La estava no parque onde tava sendo realizado o Bluefest. Do albergue, um retao so. No caminho, varios pontos turisticos de Ottawa como o Parlamento canadense, por exemplo. Parques, rios, etc. Sao trinta minutos a pe, mas que passam bem rapido com tanta coisa interessante passando pelo canto do teu olho...

Chegando la, fui estudando toda a estrutura e local pra, no proximo dia, sabado, dia 07 de julho, chegar com tudo em ordem. Voltei pro albergue e la foram mais quase sessenta minutos de caminhada. Sim, parei no caminho pra comer e beber algo. O calor seguia desumano e aqui no Canada, so escurece depois das 21h. Ate la, voce sofre um bocado. De volta a minha "jaula", hora de dormir. No proximo dia, enfim, Iron Maiden...

PS: Perdoem a falta d'acentuacao. Ainda nao comprei meu notebook e os computadores que tenho usado aqui no Canada, exceto os dos meus amigos Camillo e Ozonia, sao desconfigurados pra nosso idioma.

30 de junho de 2012

Graspop Metal Meeting 2012 - A organização, o público...

"A lamina ilumina a mao, a lampada cria a escuridao, ha muita grana atras de uma cancao, ninguem se engana com uma cancao, o tempo que nos gera, tambem gera generais, mas o tempo nunca espera que cheguem os comerciais..."

Toronto

De longe, o Graspop Metal Meeting, foi o mais organizado dos festivais que fui esse ano. Nao que o Download na Inglaterra e o Hellfest na Franca tenham sido ruins. Muito pelo contrario. Mas o Graspop se destacou. O Download, agiu com o feno, apos o lamacal que se tornou o lugar, apos as chuvas da quinta e sexta, mas sao 10 anos de festival. Os caras poderiam agir antes depois da merda ta feita. Por isso, perdeu muitos pontos. Depois, pelo publico, 10% de fas e 90% de idiotas que vao so pra beber e encher o saco de quem vai assistir aos shows. Muito dificilmente volto la. A nao ser pra ver o museu da F1 que por causa da chuva, nao pude ver. Fica pra uma terceira vez...

Em 2010, no Pukkelpop Festival, na Belgica, tambem, o que mais havia me chamado a atencao era a quantidade de mulher bonita. Gurias, mulheres e coroas. Mas era um festival pop. O Iron Maiden era uma excessao. O Graspop, e um festival exclusivamente heavy metal como diz o nome do mesmo: Graspop Metal Meeting. E a mesma coisa. Muita, muita menina bonita. Um colirio pros olhos de quem gosta de mulher.

A organizacao, fantastica. Carregadores pra celuar e cameras de graca, espalhados por toda a area do festival. Meio ambiente? Ok, todos a base de energia solar. Area do camping, mesmo com chuva? Ok, mas sem lama. Area dos shows? Os primeiros cem metros da arena, com o piso emburrachado e divisorias pro conforto do publico. Isso me chamou muita atencao. Nao tem onde guardar suas coisas de valor e nao quer deixar na barraca? Sem problemas, tinha um lugar la pra isso. Ok, meio caro, 7 euros por dia, mas ainda assim, uma coisa confortavel.

Onibus de graca, da quinta a segunda, da estacao de trem ao local do show (Mol a Dessel), funcionando por mais de 14h por dia. E, o mais importante, claro. Uma enorme tenda da cruz vermelha 24h pra ajudar quem precisasse. Esse lugar, particularmente me salvou a vida na sexta, onde nao tinha onde dormir. Nao fosse esse lugar, eu nao teria onde dormir e o relento seria o meu lugar. E relento na Europa, meu amigo, significa morrer de frio que na madrugada, mesmo no verao, vem forte e impiedoso.

Esse sim, poderia ser pensavel pra voltar no futuro, mas estou chegando aos meus 30. Estou ficando velho. Nao tenho mais disposicao pra sair do Recife e passar dois, tres meses na estrada passando por 15 paises, 30 cidades, sem parar, viajando dia sim, dia nao. Sem nenhum conforto. Dormindo em hotel, numa caminha quente, ok. Albergues tambem, nao mais. Sou um cidadao anti-social e privacidade pra mim, e tudo. Fora isso, nao tenho uma virgula de ruim pra falar do Graspop Metal Meeting. Voces que ainda tem disposicao e nunca foram a um festival europeu, escolham esse. Nao se arrependerao...

As fotos do festival você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105984209546520.10545.100004048244728&type=3 

Graspop Metal Meeting, dia III - Dessel, Belgica - 24/06/2012

"Luz difusa, confusa explicacao..."

Toronto

Apos o show do Dimmu Borgir, eu tava mais relaxado. Um dia inteiro sem chuva e, dessa vez, eu tinha onde dormir. Minha barraca de 45 euros tava la montadinha, firme e forte. E nao tava tao frio. Tudo em paz pra chegar firme e forte ao ultimo dia de festival e penultimo dia na Europa. Tudo muito bonito aqui, mas me fodi muito por aqui esse ano. Foi bem dificil. Nao via a hora de chegar no Canada pra nova tour do Maiden. Essa sim, minha banda de coracao. E claro, ver meus amigos, Ro e Camillo. Ficar na casa de amigos e outra coisa. Chega de perrengue!

Dormir foi dificil, mas ate que deu. Minha barraca tava arrodeada de guris. Entao, tive que passar a madrugada ouvindo os idiotas gritando. Como o dia tinha sido bom e eu tava de bom humor, tudo bem. Pacienca pra perdoar a idade retardada que e a adolescencia. Apesar de nao ter sido um idiota, devo ter tido meus dias dificieis nessa minha era, mas tudo bem. La depois das 3h da manha, os infelizes pararam de berrar e eu, finalmente, pude tirar um cochilho com uma certeza. Festivais, nunca mais. Ao menos em camping e sem boas jaquetas pra frio e boas botas e capas impermeaveis. Caso contrario, nem uma tour de ressurreiçao dos Beatles...

Mayan

A unica coisa que me atraia nesse show era  Floor Jansen, ex-After Forever. E, infelizmente, o dia amanheceu feio. E frio e chuvoso. Isso ja bstou pra me deixar puto e mal-humorado. Ultimo dia, melhor dia do festival e chuva de novo?!! Puta merda! A chuva trolou todos os festivais de 2012. Que veraozinho europeu, viu! Ao menos esse show foi no palco II. No da tenda. Protegida do frio e chuva. O show, estranho. Projeto novo, ninguem conhece as musicas. Mas foi valido pela guria. Sim, ela canta muito bem. Bate cabeca como um metaleiro e, como diz um amigo que e apaixonado por ela, sim, a guria e um tesao. Aff Maria!!

Ugly Kid Joe

O show anterior era do Sebastian Bach, mas como a chuva caia forte la fora e ele tocava no palco principal descoberto, sem chance de sair do conforto onde eu tava. Infelizmente perdi os tres shows dele esse ano. Download Festival, Hellfest e Graspop. Todos, caiu o mundo quando ele pisou no palco. Paciencia. Tive que me contentar com o show do Ugly Kid Joe. Sim, aposto que  voce, assim como eu e todos que assistiram o show, so conhecem uma musica. "Everything about you". Se nao sabe de nome, porcure no youtube que tenho certeza que ira lembrar. E claro, foi o ponto alto do show, hehe...

Europe

Aposto que voce ja ouviu "The Final Countdown" do Europe. Mais uma. Se voce nao sabe pelo nome, va ao youtube que voce certamente vai lembrar dessa musica. E um marco dos anos 80. O solo de teclado a faz ser conhecida ate fora do planeta terra. Acredite-me. E so por ela, fui assistir aos suecos. Uma pena que, a chuva, nao parou, e me deixou, ainda mais, puto da vida. Falando so: "Porra, chuva!! Adoro voce, mas chega!! Voce fodeu todos os festivais europeus desse ano. Porra, so um minuto, para!! Esse e o ultimo, caralho!!" Sem chance, a chuva nao parou. Por isso, mesmo com essa musica, o publico, cansado de chuva e frio, nao demonstrou nenhum animo. A banda ate que tentou, mas a chuva estragou a festa. Maldita...

Jon Oliva's Pain

Esse eu queria muito ver. Muito mesmo. A alma do Savatage, parado ha anos. Pra minha sorte, seria no palco II, fechado. Podia cair a chuva que caisse, podia soprar o frio gelado que soprasse que nao teria problemas com o show. Apesar do pouco tempo, uma hora, foi um desfil de classicos do Savatage. Quem gosta da banda, saiu de la com a alma lavada apesar do show curtinho. O som nao tava la essas coisas, uma pena. Mas, ainda assim, nao tirou a alegria de ver o show do Jon Oliva's Pain e matar a saudade do Savatage. So faltou "When the crows are gone". Talvez numa proxima. No Brasil, com um show maior e mais energico.

Set list

01. Gutter Ballet
02. Edge of Thorns
03. 24 Hrs. Ago
04. Beyond the Doors of the Dark
05. Strange Wings
06. Legions
07. The Price You Pay
08. Devastation
09. White Witch
10. Hall of the Mountain King
11. Believe

Motorhead

Duas horas separavam o final do show do Jon Oliva's Pain pro inicio do Motorhead. A chuva tinha se transformado em chuvisco e pro tempo correr, resolvi pegar o onibus gratuito e dar uma chegada na cidade de Mol. Isso me custaria umas duas horas. Ok, como odeio esperar, isso me ajudou um bocado. Quando voltei, tava no comecinho do show do Motorhead. Do jeito que gosto. Nenhuma espera. O show, como o proprio Lemmy diz: "Nos somos o Motorhead e tocamos rock and roll". E mais nada. Esse e um show do Motorhead. Cru e grosso. Voce gosta? Otimo. Nao gosta? Foda-se. Vai ser sempre assim. E se mexer, perde a magia, hehe.

Set list

01. Bomber
02. Damage Case
03. I Know How to Die
04. Stay Clean
05. Metropolis
06. Over the Top
07. One Night Stand
08. The Chase Is Better Than the Catch
09. The One to Sing the Blues
10. Going to Brazil
11. Killed by Death
12. Ace of Spades
13. Overkill

Children of Bodom

Uma banda bem famosa mas que ate hoje nao me chamou muita atencao. Mas la fui eu. Era a penultima antes da grande da noite. O Guns N' Roses. A producao tava bem legal e tinha ate um "corpo" dum carro de cenario. O som, legal, mas o som, apesar de boas melodias, nao me atraiu muito. Vi uma parte do show e fui esperar o principal, que era o que interessava. Numa proxima vez, com mais calma, talvez, eu goste mais do Children of Bodom...

Guns N' Roses

E o Guns N' Roses fez dois milagres numa noite so. O primeiro, os caras conseguiram abrir o tempo. Sim, pouco antes do show, o ceu limpou completamente. Eu contando, ninguem acredita. Baixem os videos do show e acreditarao. O segundo, o Axl nao deu chilique e entrou na hora. E mais, vinte minutos antes. E, ao contrario do Hellfest, uma semana antes na Franca, o cidadao, dessa vez, tava com vontade. E simpatico. Escolheram muito bem as mulhres no backstage, viu. O cidadao tava numa felicidade so. Um presente pro fim do festival. Sai chuva, sai!!

E foram longas 3h de show. Um dos maiores da historia do Guns. Set list perfeito. Acho que so faltou My Michelle e Coma de classicos. O resto, sem excessoes, foram tocadas. Producao bacana, banda animada, Axl animado, publico idem. Depois de tanto perrengue, finalmente um final de festival pra acabar em paz. Estava morto, mas realizado. Depois do show chato, frio e ruim do Hellfest, tirando o primeiro que vi em Sao Paulo em marco de 2010, esse, foi o melhor. Mas o Brasil, ainda ta la no topo. Sem chance de ser barrado pela energia que o publico traz. Destaque novamente pra voz do Axl. Acho que ele aprendeu. Nao ta forcando mais nem perdendo a mesma. Que venha ao Brasil e sem chuva e que prove isso a quem duvida. Com um publico quente, sera um senhor show. Que nao demore, porem...

Set list

Intro
Splitting the Atom (Massive Attack song)

01.Chinese Democracy
02.Welcome to the Jungle
03.It's So Easy
04.Mr. Brownstone
05.Sorry
06.Rocket Queen
07.Estranged
08.Better
09.Shackler's Revenge
10.Richard Fortus Guitar Solo
11.Live and Let Die
12.This I Love
13.Used to Love Her
14.Motivation (Tommy Stinson song)(Tommy Stinson on lead vocals, with band introductions)
15.Dizzy Reed Piano Solo (Baba O' Riley)
16.Street of Dreams
17.You Could Be Mine
18.DJ Ashba Guitar Solo (Mi Amor 2.0)
19.Sweet Child O' Mine
20.Another Brick in the Wall Part 2 (Pink Floyd cover)(with Axl on piano)
21.Axl Rose Piano Solo (Goodbye Yellow Brick Road/… more)
22.November Rain
23.Glad to Be Here (Bumblefoot cover)(Bumblefoot on lead vocals)
24.Don't Cry
25.Civil War
26.Knockin' On Heaven's Door (Bob Dylan cover)
27.Jam
28.Nightrain

Bis

29.Jam
30.Madagascar
31.Whole Lotta Rosie (AC/DC cover)
32.Jam
33.Patience
34.Jam
35.Paradise City

My Way
(Frank Sinatra song)

As fotos do festival você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105984209546520.10545.100004048244728&type=3 







Graspop Metal Meeting, dia II - Dessel, Belgica - 23/06/2012

"Porque quem gosta de maca, ira gostar de todas, porque todas sao iguais..."

Toronto

A aventura da noite anterior foi grande. Gigante. Eu nao tinha onde dormir, lembram? Tentei comprar uma barraca, mas a feirinha montada no festival so aceitava cartao e eu so tinha dinheiro. Havia uma grande tenda da cruz vermelha montada na area do camping pra ajudar o publico. Afinal, cerca de 30 mil pessoas por dia, sempre precisam de ajuda medica. Ainda mais num lugar que faz calor pela manha e frio, muito frio, a noite.

Entrei la e expliquei minha situacao. Um conversa com um que conversa com outro. E arrumaram uma solucao pra mim. Me deram uma maca, um cobertor bem grosso e foi ali mesmo que dormi. Conforto zero, mas, quem perigava morrer de frio ao relento, aquilo ali era um hotel cinco estrelas. Quando acordei, apos breves cochilhos (impossivel dormir naquela situacao). Me senti, literalmente na guerra. Havia uma seria de pessoas ao meu redor em macas. Gente em coma alcoolico, gente embalada em papel aluminio, gente com perna quebrada. Tinha de tudo. Levantei, agradeci aos simpaticos enfermeiros e fui atras duma solucao. Afinal, ainda tinham duas noites. Tive a ideia de pegar o onibus gratis de volta a Mol e, com sorte, achei uma barraca por la. Foram 45 euros. Bem cara, mas, como era uma emergencia, tive que pagar. Melhor que morrer de frio. E la fomos nos pro dia II do Graspop Metal Meeting...

Megadeth

O sol abriu, mas eu tava tao cansado da noite anterior que resolvi estrear minha barraca e dormir. Infelizmente, isso me fez perder os shows do Adrenaline Mob (Mike Portnoy & Russel Allen), Primal Fear, Thin Lizzy e Exodus. Uma pena. Mas como nao sou fa de nenhuma, nas foi um sofrimento perde-las. Tomei o Megadeth como ponto de partida. Foi meu sexto show de tio Dave Mustaine & CIA. E acho que o ruivo encontrou mesmo a paz de espirito. Foi o terceiro show que vi esse ano e fiquei surpreso como o cidadao tava simpatico e feliz. Consequentemente, deu 100% de si nos shows e o publico, so ganhou. Mais um show impecavel do Megadeth. Que venha o setimo. E sempre divertido...

Set list

01. Never Dead
02. Head Crusher
03. Hangar 18
04. Trust
05. She-Wolf
06. Poison Was the Cure
07. Sweating Bullets
08. A Tout Le Monde
09. Whose Life (Is It Anyways?)
10. Public Enemy No. 1
11. Symphony of Destruction
12. Peace Sells

Bis

13. Holy Wars... The Punishment Due

My Dying Bride

Essa banda e bem famosa de nome. Ate gosto da traducao. Algo do tipo: "Minha noiva que morre". Fui dar uma conferida entao. E, sem chance. Sou mesmo muito chato. Bandas novas nao me descem, ainda mais em festivais. E olhe que no sabado, eu tava ate com um humor melhor. Mas ainda assim, nem um pouco suficiente pra gostar duma banda ouvindo de primeira. Ainda mais com um som dificil como o My Dying Bride. Resolvi me concentrar na banda mais esperada da noite. O Twisted Sister. A headliner era o Limp Biskit, mas todos ignoraram, hehe.

Twisted Sister

Sem nenhuma duvida, esse foi o melhor show da segunda noite e do festival. O publico europeu e muito, muito quieto. E isso, irrita em festivais. Quando essas bandas vao ao Brasil, os caras ficam loucos e fazem os maiores shows das vidas deles porque o publico fica louco. Na Europa, e preciso tomar doses de Red Bull, porque se depender do publico, o show nao sai do canto. So observam. Mas neste, nao. O Dee Snider e um show man. O cara, com seus 58 anos, mais parece um moleque de 18. Nao para de pular nem de correr um segundo sequer e toda essa energia e passada pro publico que, pra minha surpresa devolveu, com muita energia, todo o esforco da banda.

No palco, fas ilustres como o Mike Portnoy e o Russel Allen. E o publico nao deixou a banda parar de cantar. Toda vez que a banda parava, o publico continuava. Esse sim, foi um show historico do Twisted Sister. Daqueles pra voce catar o Pro shot na internet e guardar com carinho. Porque esse sim foi um show de rock and roll. Sem frescuras e com energia do inicio ao fim. Meu primeiro show do Twisted Sister. E ganhou mais uma fa. Show fantastico!

Set list

01. What You Don't Know (Sure Can Hurt You)
02. The Kids are Back
03. Stay Hungry
04. Wake Up (The Sleeping Giant)
05. You Can't Stop Rock 'n' Roll
06. Shoot 'Em Down
07. We're Not Gonna Take It
08. The Price
09. Burn in Hell
10. Under the Blade
11. I Wanna Rock

Bis

12. S.M.F.

Dimmu Borgir

Apos o espetaculo do Twisted Sister, dificil ter algo superior, mas como eu havia perdido o show do Hellfest por causa da chuva e ja fazia um bocado de tempo que queria ver um show dos noruegueses, la fomos nos. Segundo palco, na tenda, publico mais seleto. Bem bacana. Pertinho do palco, sem empurroes e finalmente num show do Dimmu Borgir.

Nao sou chegado em Black Metal, mas estes caras tem algo diferente. Tem linhas limpas de voz nas musicas e um instrumental pra la de interessante. O vocal, apesar de rasgado, nao e gritado e incompreensivel como o da maioria das bandas de rock brutal e o show foi uma surpresa muito positiva. Se voce espera a energia do Twisted Sister e o carisma do Dee Snider, esqueca. Os caras, tipicos noruegueses, sao frios. Mas competentes. Nao e um show pra simpatia, pra risos. E um show de rock. Rock do mal. Mas com sua beleza e competencia. A voz do cara ao vivo e igual aos cd's. O instrumental, idem. Agradavel surpresa. Melhor ainda por tocaram tres das minhas musicas preferidas. Esse, vale a pena ver novamente num futuro nao muito distante...

Set list


01. Mourning Palace
02. Spellbound (By the Devil)
03. Vredesbyrd
04. Kings of the Carnival Creation
05. Dimmu Borgir
06. Ritualist
07. Gateways
08. Puritania

Bis

09. The Serpentine Offering
10. Progenies of the Great Apocalypse

As fotos do festival você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105984209546520.10545.100004048244728&type=3 

Graspop Metal Meeting, dia I - Dessel, Bélgica - 22/06/2012

"Tuas palavras, duras palavras, das alturas ao chão..."


Toronto

Nosso primeiro show de interesse da sexta-feira, seria apenas às 14h40 da sexta, ou seja, teriamos tempo de sobra pra chegar em Dessel, onde aconteceria o festival. Sai do albergue por volta das 10h e nao demorei mais que vinte minutos pra chegar na estacao de trem Brussels Midi. De la, cerca de 1h ate Herentals, uma troca de trem e mais vinte minutos ate Mol. A organizacao do Graspop comeca a aparecer ai. Quando voce compra o ticket do festival, automaticamente, voce tem direito a transporte de trem de ida e volta de toda Belgica ate Mol. A cidade mais proxima de Dessel, onde ocorre o festival. A partir de Mol, ha um onibus fretado ate o local do festival. Cerca de vinte minutos. Das 8h ate as 22h, voce pode usar esse onibus quantas vezes quiser.

O tempo estava, enfim, bonito. Apos um dos veroes mais frios e chuvosos na Europa, onde eu tinha comido o pao que o diabo amassou no Download Festival da Inglaterra e no Hellfest da Franca, eu ja tava traumatizado com tanta chuva e frio e isso era o que eu menos queria no Graspop. Havia sete shows pra ver na sexta e consegui ver os sete, sem problemas. A chuva, finalmente, deu tregua.

Black Label Society

E este foi o primeiro show do dia. Show burocratico como foi o do Hellfest. Nao sei se porque nao consigo gostar da banda, ou se porque nao simpatizo com o Zakk Wilde e o acho um idiota, mas o show nao conseguiu me empolgar. Mas, como era um show de apenas 1h, tudo bem. Nao foi uma tortura, afinal. As mugangas de sempre, os cuspes de sempre e assim, passou rapido e chegou ao fim o primeiro show da sexta d'inauguracao do Graspop Metal Meeting.

Slash

Uma horinha esperando e ja era o show do Slash. Comecou legal, com uma visao privilgiada, mas o tempo fechou e veio a chuva. E isso me morgou. Pra quem passou tudo e ruim com frio e chuva e lama, tudo o que eu menos queria era mais um final de semana caotico. Ao menos a chuva foi fraca e nao ensopou a mim nem o local, mas mesmo assim, trouxe o frio tambem e adeus animo. Fiquei pensando justamente no show do Ozzy que seria o ultimo da noite e o do final de semana anterior na Franca tinha sido encurtado em meia hora. As impressoes, as mesmas, o terceiro show do Slash e idem. O vocalista se esforca, mas falta algo...

Paradise Lost

So conhecia essa de nome. Mas, ja que tava la e o show ainda seria no segundo palco, coberto e sem chuva e frio pra aumentar o desanimo, la fui eu. Me pareceu uma banda meio gotica, meio down e nao me agradou muito. Se bem que em festival, quando voce ta cansado, molhado e um pouco chateado, gostar duma banda que voce nunca ouviu na vida, e um pouco demais...

Obituary

Mais uma que so conhecia de nome. Mesmo esquema do Paradise Lost. A chuva caindo la fora, o vento soprando frio e os caras fazendo o show no palco com tenda. Lugar quentinho e seco. Acho que, talvez por isso, o local ficou relativamente cheio. Cerca de tres mil pessoas. E la fiquei, observando a banda. Por ser mais cru, ate que agradou mais. mas eu ainda tava naquele humor por causa da chuva...

Amon Amarth
Antes ds o massacre do Slayer, voltamos de volta ao palco coberto pra ber o Amon Amarth. Mais uma banda que so conhecia de nome, mas ja que nao custava nada conferir os caras ao vivo, la fui eu. E so comprovo uma coisa. Nao consigo gostar de bandas novas. Quando o cidadao com o microfone na mao tem o vocal gritado, entao, a possibilidade d'eu desanimar aparece logo. Vi algumas musicas e so. Preferi ir logo pro palco principal esperar pelo Ozzy, grande estrela da noite.

Slayer

O Slayer fez aquele show brutal de sempre. Os caras desfilaram seus classicos de sempre. Mas o Tom Araya nao parecia muito empolgado. Ok que simpatia nao e bem uma marca registrada pra um show do Slayer, mas achei a banda bem apatica. De qualquer forma, ao menos a chuva tinha parado e foi confortavel assistir aos shows dos caras. A torcida era pro tempo se manter seco pro show do Ozzy. A atracao principal. 

Set list 

01. World Painted Blood
02. Psychopathy Red
03. War Ensemble
04. Die by the Sword
05. Chemical Warfare
06. Hate Worldwide
07. Mandatory Suicide
08. Altar of Sacrifice
09. Jesus Saves
10. Seasons in the Abyss
11. Hell Awaits
12. Dead Skin Mask
13. Snuff
14. Angel of Death
15. South of Heaven
16. Raining Blood

Ozzy Osbourne & Friends

A chuva resolveu se manter longe e deixou Ozzy fazer seu show completo. Na semana anterior, o show do Hellfest na Franca tinha sido encurtado em mais de meia hora pela saude do Ozzy. Ele tava quase sem voz. Pra completar, ainda caiu uma puta duma chuva que fez o Hellfest terminar de forma melancolica. O que so me deixou mais triste e puto, alem de ter perdido o show do Dimmu Borgir. Voltando ao Ozzy, a coisa de sempre. Tudo bem que ele parece um pinguim no palco e tudo bem que todos sabem que ele nao tem a voz de 20 anos, muito menos a performance. Mas, assistir a um show do Ozzy, que e uma lenda, e sempre valido. E nao faltou nada nesse show. Finalmente com o set completo. Agua na galera, brincadeiras, piadas e classicos. A graca a mais, foram as participacoes do Slash, Zakk Wilde e Geezer Butler. Deram uma apimentada no show. 1h30 que passou bem rapido. Tudo certo dessa vez. A preocupacao agora era, onde dormir? Ta bem frio la fora e nao tenho uma barraca. Vamos ver o que vai dar...

Set List

01. Bark at the Moon
02. Mr. Crowley
03. Suicide Solution
04. I Don't Know
05. Shot in the Dark
06. Rat Salad
07. Iron Man
08. War Pigs
09. N.I.B.
10. Fairies Wear Boots
11. I Don't Want to Change the World
12. Crazy Train
13. Mama, I'm Coming Home
      
Bis

14. Paranoid

As fotos do festival você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105984209546520.10545.100004048244728&type=3
       















Hellfest - O público, a organização, o clima...

"Voce sempre soube, eu nao sabia...

Toronto

Existe uma enorme diferença entre o Download Festival e o Hellfest. O primeiro é gigantesco. Realizado no lendário autódromo de Donington Park, o publico passa muito facil das 100 mil pessoas por dia, o que o torna grande demais. No Download, ha um publico gigantesco que sequer sabe as bandas que tao tocando e vao la apenas pela diversao. Na maioria adolescentes idiotas que vao pra encher a cara e nada mais. O que torna a vida de quem so quer ver as bandas, bem dificil...

O publico do Hellfest e 90% heavy metal, como e a proposta do festival e por isso, e raridade voce ver algum idiota fantasiado, nao concentrado em outra coisa que nao os shows. O espaco tambem e bem menor. Acho que nao mais que 25 mil pessoas por dia. O que torna a coisa bem mais confortavel. Onde quer que eu estivesse, tinha uma visao muito boa de ambos os palcos. Muito legal isso. Principalmente pros nanicos como eu.

O publico, muito amistoso, tambem. Nos tres dias que la estive, nao vi uma briga sequer. E toda vez que andei pra chegar mais na frente dos palcos, nao tive nenhuma resistencia do publico. E assim o festival seguiu por tres dias. Ao lado, um enorme supermercado que, nos tres dias de festival, deve ter lucrado mais do que lucra no ano inteiro. Afinal, Clisson e uma cidadezinha pequena na Franca. E a populacao que o festival gerou nos tres dias, deve ter superado a local.

Pena que, a chuva apareceu e tirou muito a graca dos shows da sexta e do domingo. Ok, nao tivemos a lama que tornou o Download Festival um campo de guerra, mas ainda assim, o frio e o desconforto que a chuva traz, ajuda e muito a apagar o animo do publico europeu que ja e originalmente frio. Houve lama, mas nada que fizesse te afundar e querer morrer por isso. Se pudesse dar uma nota, daria um bom oito. Um otimo publico, uma otima organizacao. Se volto? Pra acampar, náo mais. Porem, se tiver algum lugar confortavel pra me hospedar, talvez...

As fotos do festival, você pode ver aqui:


http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105958016215806.10504.100004048244728&type=3






19 de junho de 2012

Hellfest dia III - Clisson, Franca - 17/07/12

"Duas e meia. Castelos de areia. Cabelos castanhos. Estranhos sinais..."

Bruxelas

Black Label Society

O domingo e ultimo dia comecou bem azul e bem quente. Queria poupar energia pras ultimas bandas. Entao, escolhi ver apenas algumas. Vi o Black Label Society pela primeira vez em 2008, abrindo pro Ozzy no Rio de Janeiro. Ok, o Zakk Wilde e um excelente guitarrista, mas e um idiota. Ta, musica e musico nao se misturam. Mas, talvez por isso, eu tenha pego abuso e a banda foi no embalo. Assisti o show pra apagar essa impressao e nao deu muito certo. Continuo achando o mesmo. Depois desse show, mais ainda...


Motley Crue

Eis uma banda que tem mais fama do que musica. E ow banda chata. Os caras, ate fazem sucesso com a mulherada, mas acho que so. Nao ouvi uma musica que prestasse em 1h15 de show. So vi um bando de tatuados dos pes a cabeca e musicas ruins. Muito ruins. Ja nao simpatizava com o som. E olhe que tentei. Depois desse show, nao simpatizo nem com o som, muito menos com a banda. Ow caras artificiais. Ow banda ruim!!!


Slash

Tava com saudade do Slash. Tinha perdido o show do Download uma semana antes por ser impossivel ver qualquer show naquela sexta-feira fria e chuvosa de lama que quase cancelou o festival. Bem diferente do mesmo Download em 2010 que o vi pela primieira vez.

O engracado foi que na noite anterior, o Guns tinha tocado. Tava curioso pra saber se ele tocaria musicas do Guns e tocou. E como o show do Guns foi problematico, a performances das musicas do Guns com o Slash soaram bem melhores. Exceto pelo vocalista. Sem chance. O Axl mandou bem, mas faltou banda e o Slash mandou bem mas faltou vocalista. Uma pena. Esses dois precisam se resolver pro Guns voltar com tudo a ser a maior do mundo. Um dia chega!


Set list

01. One last thrill
02. Nightrain
03. Ghost
04. Standing in the sun
05. Back from Cali
06. Mr. Browstone
07. Halo
08. Anastasia
09. Sweet child o' mine
10. You're a lie
11. Slither
12. Paradise city

Ozzy Osbourne & Friends

O show mais esperado da noite acabou virando frustracao. Primeiro, o Black Sabbath tocaria. Depois do problema do cancer do Tony Iommi, os promotores arranjaram pra que o show fosse transformado em Ozzy & Friends com a presenca do Slash e Zakk Wilde que estariam tocando com suas bandas no Hellfest. E piorou ainda mais. Infelizmente...

Logo depois do Slash, a chuva voltou a aparecer e acabou com o final do festival que parecia que iria acabar com chave de ouro. A chuva foi aumentando e aumentando e melecou tudo. Os instrumentos desafinaram, o palco ficou muito molhado e o Ozzy teve problemas com a voz.

Por isso, o show foi encurtado. Um anti-climax. Deveria durar 1h45 e durou so 1h. Uma pena. Uma grande frustracao. Ate foi legal ver o Slash no palco com o Zakk Wilde tocando Iron Man, War Pigs, N.I.B e Paranoid, mas queria mesmo era os classicos do Ozzy. Bem, essa semana tem o Graspop aqui na Belgica. Espero que o Ozzy se recupere e por favor! Nao chova!!

Set list

01. Bark at the moon
02. Mr. Crowley
03. Suicide solution
04. Shot in the dark
05. Rat salad
06. Iron Man
07. War pigs
08. N.I.B
09. Crazy train

Bis

10. Paranoid


As fotos do festival, você pode ver aqui:


http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105958016215806.10504.100004048244728&type=3
















Hellfest dia II - Clisson, Franca - 16/06/2012

"Quinze pras duas, ruas escuras. Quem tem um mapa. Quale a direcao?"

Bruxelas

Uriah Heep

Esse foi uma grande surpresa. Nao sou fa dos veios, mas gosto dos classicos e tava curioso. E foi uma boa surpresa. O sabado amanheceu quente e o ceu azul. Finalmente sem chuva que tem me acompanhado o tempo todo. Fiquei impressionado com a performance do vocalista Bernie Shaw. Com 55 anos nas costas, o cara tem um senhor gogo. Porra e que carisma. Que performance. Um grande show duma grande e classica banda de rock progressivo. Ainda vivos. Em homenagem a meu amigo Erik! A unica coisa ruim foi nao tocarem "Rainbow demon". Um pecado!


Set list

01. Against the odds
02. Overload
03. Traveler in time
04. Sunrise
05. Stealin'
06. Into the wild
07. Gypsy
08. July Morning
09. Easy leavin'


Exodus

Nao sou fa dessa tambem. Mas resolvi ver umas musicas antes de voltar pra minha barraca pra comer e beber agua. Na arena, a comida era bem cara e eu tinha levado uma reservinha. O pouco que vi agradou. O show e bem porrada mas tem melodia. E tem carisma tambem. Pra mim, algo que conta muito numa banda. Performance ao vivo e a alma duma banda e o Exodus tem isso. No Graspop, e hora de ve-los por completo.


Edguy

Ja tinha visto o Edguy abrir pro Iron Maiden na minha tour maluca de 2010 em Valencia, na Espanha. Se a impressao foi boa la, foi melhor ainda agora. Dessa vez, os caras vieram com um cenario completo e bem bonito e a performance da banda foi digna de palmas. Mencao especial pro otimo bom humor do vocalista Tobias Sammet que ate brincou com os fas que esperavam o Guns N' Roses. Showzao. Homenagem as irmas do barulhos. Dea, Carolzinha e Ro.


Set list

01. La march das Gerdames
02. Nobody's hero
03. The arcane guild
04. Tears of a Mandrake
05. Rock of a Cashel
06. Lavatory love machine
07. Superheroes
08. Hobin hood
09. Ministry of saints
10. King of Fools


Within temptation

Tava bem curioso pra assistir o Within Temptation. Na epoca do lancamento do primeiro album, o Enter em 97, eu ouvi tanto que o cd ficou fino. Depois, vieram outros lancamentos que nao me agradaram e deixei pra la. A esperanca era d'ouvir alguma musica do Enter, mas nao tocaram, infelizmente. Ficava o ultimo desejo d'ouvir "Deceiver of fools", mas tambem nao rolou. Um anti-climax. A performance da banda, muito boa, com destaque pra vocalista Sharon den Adel. Mas e uma banda que nao combina muito com um festival de metal. Ficou meio estranho, pra ser honesto...

Guns N' Roses

A graca da noite mesmo era o Guns N' Roses. E foram eles que me fizeram decidir ir pra esse festival. As bandas eram otimas e ajudaram. Mas Guns e Guns. Mesmo sem Slash. E esse show foi estranho. Muito estranho. Um show do Guns comecando na hora? Sem atrasos? Impossivel! Mas comeceu, acreditem!! Pra minha surpresa e a de todos...

Mas a alegria acabou rapido. O destaque da noite foi a voz do Axl. O cara tava num dia muito bom. Nao faltou voz, nao desafinou em nenhum momento. Uma e muito agradavel supresa. Mas que se perdeu por causa dos problemas de som. As guitarras, as tres, sumiam o tempo todo e o show, ficou apenas no vocal e na bateria, o que fodeu com tudo...

O Axl sentiu isso e o publico tambem. Ele fez o dele. Foi profissional e tocou as duas horas e meia programadas. Teve ate Civil War, mas o cara morgou com os problemas e o publico tambem. Nao houve comunicacao, empolgacao. Foi um show frio por duas horas. Um balde d'agua fria, infelizmente. Ao menos tem essa semana de novo no Graspop. Espero que sem problemas de som pra destruir tudo, dessa vez...

Set list

Intro

01. Chinese democracy
02. Welcome to the jungle
03. It's so easy
04. Mr. Browstone
05. Sorry
06. Rocket queen
07. Estranged
08. Better
09. Richard Forfus Guitar solo
10. Live and let die
11. This I love
12. Shackler's revenge
13. Motivation
14. Dizzy Reed Piano solo
15. Street of dreams
16. You could be mine
17. Dj Ashba guitar solo
18. Sweet child o' mine
19. Instrumental jam
20. Axl Rose piano solo
21. November rain
22. Glad to be here
23. Don't cry
24. Civil war

Bis

25. Nightrain
26. Paradise city

As fotos do festival, você pode ver aqui:


http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105958016215806.10504.100004048244728&type=3
















Hellfest, dia I - Clisson, Franca - 15/06/12

"Na escuridao, so voce ouve a cancao..."

Bruxelas

Fiz a viagem mais tranquila que fiz na vida rumo a Clisson. Foram 3h e meia com as pessoas mais quietas, silenciosas e tranquilas que tive o prazer de viajar. Mas nao dormi na noite anterior. Eu tava so no albergue e as 1h chegou um indiano com o pe torcido. Junto, quatro amigos barulhentos. E o desgracado roncou com um porco a noite toda. Impossivel dormir...

Cheguei em Clisson umas 10h da manha e o esquema de sempre. Siga as pessoas de preto. Cerca de 1h a pe e estava no festival. Mas tinha um problema. Nao tinha onde dormir. Por sorte, tinha um supermercado gigante que vendia de tudo, inclusive barraca. O faturamento do lugar deve ser baseado exclusivamente nos tres dias de festival ja que Clisson e uma micro cidade.

Unisonic

Foi um prazer ver o Michael Kiske e Kai Hansen juntos. Ok, o projeto e novo mas a galera queria mesmo era ouvir os classicos do Helloween. E assim foi. O show foi fechado com "I want out". O cara e uma lenda e muito engracado. Cantou sem esforco e com a tecnica que os anos trazem. Brincou o tempo todo. Inclusive com a barriga e a falta de cabelo. Uma simpatia. Um otimo comeco de  festival...

Set list

Intro: The Ride of the Valkyries
01. The ride of the Valkyries
02. Never too late
03. King for a day
04. My sanctuary
05. March of time
06. Over the rainbow
07. Star ride
08. We rise
09. I want out

Gotthard

A banda suica e famosa. Mais ainda depois da morte do primeiro vocalista. Tao voltando agora com um novo e a tarefa pra ele e dificil. Foi mais ainda no Hellfest. Quando pisaram no palco, a chuva comecou e nao parou mais. Ao menos eu tava num abrigo da Red Bull. Assim, e mais confortavel quando chove, ne? A unica musica dos caras que conhecia era Anytime anywhere

Napalm Death

Ate o Lynyrd Skynyrd comecar, haveria dois shows de bandas das quais nao sou fa nos palcos menores. Uma, era o Napalm Death e la fui eu. Ate bom ser no palco menor, pois a chuva tinha apertado e nesse, o palco era coberto. Numa tenda. Nao sei como alguem pode gostar dessa banda. E uma porrada o tempo todo. Sem nenhuma melodia. Um saco. A graca e ver o vocalista que se treme o tempo todo. Serio, o cara deve ser epletico. E o guitarristas que mais parece um gorila. Fora isso, dificil gostar do som...

Satyricon

Outra banda porrada, mas essa tinha sangue noruegues. Consigo, muita melodia, o que torna o som bem mais audivel pra quem nao gosta de metal extremo. Esse show foi em homenagem a tu, Vandinha.


Lynyrd Skynyrd

Esse eu queria muito ver. Faz tempo. Mas a chuva, ajudou a morgar e muito. Voltei pra minha tenda da Red Bull e de la, vi o show inteiro. Ao menos nao era longe a visao era otima. Sem nenhum macaco idiota atrapalhando tua visao. O show, foi bem esforcado e bem simpatico. Mas com mais simpatia e vontade, com a porra da chuva, ficou dificil levantar o publico. Mas, ouvir Free bird ja supriu todos os perrengues.

Set list

01. Working for MCA
02. I ain't the one
03. Skynyrd nation
04. What's your name
05. Down south juckin'
06. That smell
07. Saturday night special
08. Simple man
09. Gimme back my bullets
10. Whiskey like a roller
11. The needle and the spoon
12. Tuesday's gone
13. Gimme three steps
14. Call me the breeza
15. Sweet home Alabama

Bis

16. Free bird

Megadeth

No meu quinto show do Megadeth, seria o primeiro como headliners. E o Mustaine tava encantado. Se desde o Download ele andava pra la de simpatico e comunicativo, nesse Hellfest, entao, teve ate beijinho. Finalmente a chuva parou um pouco e pude assistir ao show completo de pertinho. O legal do Hellfest e que voce tem uma visao legal esteja onde estiver. O show, os classicos de sempre. Mas, em termos de Megadeth, valem sempre a pena. Quem gosta de rock and roll, ha de me entender.

Set list

01. Never dead
02. Head crusher
03. Hangar 18
04. Crush
05. In my darkest hour
06. Foreclosure of a dream
07. She wolf
08. Down patrol
09. Poison was the cure
10. Sweating bullets
11. A toute le Monde
12. Angry again
13. Guns, drugs & money
14. Whose life (is it anyways?)
15. Public enemy N. 01
16. Symphony of destruction
17. Peace sells

Bis

18. Holy wars...the punishment due/Mechanix


King Diamond

No meio do Megadeth, dei uma corrida pra minha barraca pra pegar minha jaqueta impermeavel vagabunda que tinha comprado no caos do Download mas que te salva a vida e te mantem seco. Os pingos tinham voltado no show do Megadeth e eu nao queria perder o King Diamond nem fodendo. E dito e feito. A chuva entrou no palco junto com o rei. E veio forte. Mas, sei la o que porra teve. Foi de longe o melhor show do dia I do festival. Comecou quase 1h da manha da sexta pro sabado e ninguem arredou o pe mesmo com a chuva forte.

E o rei manteve a majestade. Foi uma dose de animo num publico cansado e molhado. Voltando depois de quase ter morrido por problemas do coracao, a lenda voltou como sempre mereceu. Headliner e com um cenario fantasticos. Uma senhora producao de palco que o rei sempre mereceu. A performance, idem. Nem desafinar ele desafinou, rapa. Show perfeito do inicio ao fim. Realmente valeu a espera e a frustracao por nao ter ido quando ele tocou em 96 no Hellcife e minha mae nao deixou eu ir depois de ver a foto do King Diamond, hehe. Eu so tinha 13 anos...E o ponto forte, claro, foi Come to the Sabbath do Mercyful Fate. Um dia eles voltam. Ha de acontecer!

Set list

01. The candle
02. Welcome home
03. Drum solo
04. Voodoo
05. At the graves
06. Up from the grave
07. Dreams
08. Sleepless night
09. Guitar solo
10. Shapes of black
11. Come to the Sabbath
12. Eye of the witch

Bis

13. Family ghost
14. Halloween

Bis II

15. Black horsemen

As fotos do festival, você pode ver aqui:


http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105958016215806.10504.100004048244728&type=3








Paris, Franca - Junho de 2012

"Ando so, nem sei porque. Nao me pergunte, o que eu nao sei. Pergunte ao po. Desca ao porao. Siga aquele carro ou as pegadas que eu deixei..."

Bruxelas

Sim, Paris e bonita. E nao, nao e um sonho e um conto de fadas como todo mundo pensa que e o tempo todo. Talvez por ser minha segunda vez por la, o impacto tenha sido diferente. No final, e so uma cidade como outra qualquer. Sao so pessoas. E ha problemas. Ha sujeira, ha pobreza, ha perigo na esquina. Ha tudo de ruim que ha ai nao sua cidade. Nao e um sonho como voce acha que pode ser...

A minha viagem de Londres ate Paris foi longa. Bem longa. 10h de onibus. No meio do caminho, voce chega na cidade francesa de Dover e tem que acordar e sair do busao pra passar pela imigracao e tomar carimbo no passaporte. De la, voce pega um ferry boat pra passar pelo canal da mancha. Foram 2h15 de travessia numa madrugada fria e chuvosa. Eu, que morro de medo d'alto mar, imagine meu desespero. Um "navio" gigantesco, repleto de carretas, onibus, carros e centenas de pessoas. Voce sai do onibus, entra no bicho e fica circulando. Impossivel dormir. Fiquei bem tenso e um pouco enjoado tambem. Porque balanca, aquela merda!

Passada a tentacao, mais tantas horas de estrada ate Paris ate chegar na rodoviaria de Gallieni. De la, caminho facil pro albergue. Um metro com uma troca e so vinte minutos. Chegando no albergue, o recepcionista brasileiro com o ajudante idem e falando com dois hospedes brasileiros. Ai chego eu, hehe. Me senti em casa. Legal o albergue, mas duas coisas bem chatas. Primeiro e o check in ser as 16h. Nada legal quando voce chega la as 8h, depois de um dia sem dormir dum festival e outro inteiro viajando. Mas resisti. A outra coisa e que tive de trocar de quarto no outro dia as 11h e esperar novamente ate as 16h pra entrar no outro. E ainda tava com o banheiro quebrado. Tive que usar o de emergencia. Mas, tudo bem...

No primeiro dia, so quis dormir. Nos dias dois e tres, fiz turismo. So no tres, na verdade. O dia dois, choveu tudo que tinha pra chover e tive que voltar correndo pro albergue. Paris continua a mesma. Pessoas tao bonitas e cheirosas. Perfumes fortes porque, nao e mentira, nao gostam de banho. Inclusive, em todos os albergues que passei, os piores banheiros estao sempre na Franca. Depois que o efeito do perfume passa, vem aquele cheiro de sovaco. Ow coisa desagradavel!!! A pedido da mamae, tirei um monte de foto. Fiquei devendo em 2010, ja que perdi a camera, justo na Franca. Turismo, o de sempre. Torre Eiffel, Louvre, Arco do Triumfo. Pra mim, o melhor, foi conhecer o tumulo do Jim Morrison no cemiterio de Pere Lachase. Uma honra saber que o homi realmente existiu. E, de alguma forma, voce ta ali, do ladinho dele. Liquidificador d'emocoes...

Fui apelidado pelos brasileiros do albergue de homem da chuva, pois a levei do Reino Unido junto comigo, com o frio de de brinde. E deixei Paris com...chuva. Peguei o onibus da madrugada e cheguei na estacao Montparnasse 1h30 antes de partir rumo a Nantes e depois pra Clisson, rumo ao Hellfest. Mas isso ja e assunto pra outro post...

Download Festival - As pessoas

"Ando so, pois so eu sei, pra onde ir, por onde andei. Ando so, nem sei porque..."

Bruxelas

Fora a lama, ha uma coisa muuuita desagradavel no Download Festival. O publico. Quando o mesmo se chamava Monsters of Rock, os tempos eram outros e era uma epoca e um festival pioneiro voltado extremamente pro publico rock and roll. Bandas lendarias como o Iron Maiden, AC/DC, Bon Jovi, Metallica, Dio, Aerosmith e tantas outras fizeram a historia do festival que durou de 80 a 95. Depois disso, ele so voltou em 2003 com outro nome, outra proposta e outra cara. Como Download Festival que nao incluia so as bandas classicas. Tinha muita coisa pop e estranha no meio. O que, infelizmente, mudou completamente a cara do seu publico.

O festival passou a ser, alem da musica, e infelizmente, pra grande maioria do publico (estima-se uma media de 100 a 150 mil pessoas por dia - isso e gente pra caralho, porra!!!), um carnaval. Voce ve de bolo gente fantasiada e bebada. Gente que nao conhece e nao gosta de uma banda sequer. Vai so pela farra e isso destroi o festival e deixa voce, que vai pelas bandas, puto dentro das calcas. Se  voce e anti-social como eu, e tua fobia por gente piora a cada dia, faz teus nervos ficarem mais hipersensiveis do que ja sao.


A quantidade de gente idiota que se ve e irritante. Havia uma familia na minha frente no dia do Black Sabbath que foi foda. O pai devia ter uns quarenta anos e a mae na mesma linha. Havia os dois filhos do casal e um outro casal de amigos. Pois bem, esse pai de familia, passou o dia inteiro como um retardado. Parecia ter uns dez anos. Tipico comportamento. Pegando nos bagos, esfregando a bunda na cara do amigo que tava deitado, mostrando o peito, dando mata-leao na esposa e dai por diante. Os guris, mais retardados ainda. Um, parecia o filho do vocalista do The Cult. Alem de retardado e feio como o cao, era um imundo. Acho que as unhas sujas nao viam uma tesoura ha dias, os dentes amarelos nao viam uma escova ha semanas, o cabelo e o cheiro, bem, ha meses...

Fora esses, ha imbecis fantasiados, com as brincadeiras mais imbecis possiveis. Se fosse so entre eles, ok. Mas envolvem quem nao tem nada com isso. Apesar da producao ter jogado feno em toda a arena pra amenisar a lama que deixou o festival impraticavel na sexta, os idiotas ficavam se jogando uns nos outros e melando quem tivesse do lado tambem. Aquela coisa, eu que ja nao gosto de gente, so fico mais puto com esses idiotas. Saio do Brasil pra ver os shows, passo um monte de perrengue e ainda aparece esses idiotas.

Amo essas bandas e amo essas viagens. Mas e muito perrengue que voce passa. E muita gente idiota e inconveniente. Honestamente, acho que nao frequento mais festivais. Ao menos nessas condicoes. Nao me disponho mais a acampar nem a aturar essa quantidade incontavel de idiotas por centimetro quadrado. No final, voce mais se irrita do que aproveita...


As fotos do festival, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105932712885003.10457.100004048244728&type=3




11 de junho de 2012

Download Festival 2012 - Os shows

"Forever, trust me who you are....and nothing else matters"

Londres

Metallica

Finalmente era hora do show do Metallica. Finalmente iria ouvir a obra-prima do Metallica, o Black album, executado na integra. Quase um sonho. Mas, talvez por ser o penultimo dos 16 shows dessa mini tour que o Metallica resolveu fazer tocando esse album na integra, a banda pareceu meio apatica. A execucao das musicas tambem deixou aquele sentimento de: "falta alguma coisa ai...". O show nao foi ruim. Muito pelo contrario. Foi um verdadeiro privilegio ver o Metallica pela terceira vez (uma no Brasil), outra no Big Four no Sonisphere na Suica e agora no Download tocando a obra-prima deles, o Black album, na intregra. Mas, ficou aquele gostinho meio estranho. Talvez, esse show, com o publico brasileiro mais apaixonado e interessado, fizessem a noite e o show serem mais interessantes e historicos do que realmente foram. Ainda que, ainda assim, tenha valido e muito a pena, depois do inferno da quinta e sexta...

Set list

Intro
Ecstasy of Gold
(Ennio Morricone song)

01.Hit the Lights
02.Master of Puppets
03.The Four Horsemen
04.For Whom the Bell Tolls
05.Hell and Back

The Black Album

06.The Struggle Within
07.My Friend of Misery
08.The God That Failed
09.Of Wolf and Man
10.Nothing Else Matters
11.Through the Never
12.Don't Tread on Me
13.Wherever I May Roam
14.The Unforgiven
15.Holier Than Thou
16.Sad But True
17.Enter Sandman

Bis

18.Battery
19.One
20.Seek & Destroy

Megadeth

No domingo, ultimo dia do festival, mais uma vez, resolvi otimizar e so ver as bandas que realmente queria. As tres ultimas apresantacoes no palco principal. Megadeth (quarto show), Soundgarden (primeiro) e Black Sabbath (idem). Sairia do hotel as 11h, daria um tempo na estacao, deixaria minha mochila e uma sacola com as roupas sujas la e iria, assim como na sexta, assistir aos shows confortavelmente. Por sorte, novamente, fazia sol depois do inferno da quinta e sexta. Porem, nao havia lugar pra guardar bagagens na estacao e nao podia ficar uma noite mais no hotel. Paciencia. O jeito ia ser ir com a mochila nas costas, a sacola na mao e vamos la! O Dave Mustaine tava bem empolgado. Tocar pra um publico de quase 150 mil pessoas na noite que o Black Sabbath vai fechar, mexe com todo mundo. Deve ter sido esssa injecao extra de animo que fez um simpatico Dave Mustaine quebrar tudo com o seu Megadeth. De longe, o melhor dos quatro shows do Megadeth que vi.

Set list01.Never Dead
02.Head Crusher
03.Hangar 18
04.She-Wolf
05.Trust
06.Poison Was the Cure
07.Sweating Bullets
08.Whose Life (Is It Anyways?)
09.Public Enemy No. 1
10.Symphony of Destruction
11.Peace Sells
12.A Tout Le Monde
13.Angry Again
14.Holy Wars... The Punishment Due
15.Silent Scorn

Soundgarden

O Soundgarden e aquela banda meio sem graca. A ultima das grandes lendas do grunge de Seatle e a menos cultuada. Voltaram esse ano pra alguns shows e talvez um novo album mas ainda assim nao encantou. A banda ate que tem umas musicas legais e um bom vocalista. Mas o show nao consegue engrenar. As vezes, parece que vai. Mas fica no quase. E foi tambem uma tarefa pra la de ingrata ser a banda que vai anteceder ao Black Sabbath e sua volta. Uma decepcao, mas que passou desperpercebida. Afinal, o Download 2012 era o Black Sabbath e ponto final.

Set list
01.Spoonman
02.Let Me Drown
03.Gun
04.Outshined
05.Jesus Christ Pose
06.Drawing Flies
07.Hunted Down
08.Ugly Truth
09.Fell on Black Days
10.My Wave
11.The Day I Tried to Live
12.Rusty Cage
13.Black Hole Sun
14.Beyond the Wheel


Black Sabbath

E finalmente era chegada a hora do Black Sabbath. Pontualmente as 21h, Ozzy, Tony Iomi, Geezer Butler e o novo baterista que esqueci o nome substituindo o Bill Ward. Bom, pra quem achou que isso ia melar tudo, se enganou. Como o cara e novo, deu um novo gas e tocou com violencia fazendo as musicas classicas do Sabbath soarem ainda mais pesadas. Ok, foi "so" 75% do Sabbath original, mas honestamente, com Ozzy, Butler e o mestre Tony Iommi, fazendo esse show de forma heroica (ele ta se tratando de um cancer), nao fez esse show, de forma nenhuma deixar de ser classico e historico.

Apos todo o perrengue que passei. Ter podido assistir ao vivo os pioneiros do rock pesado, a lenda viva, ali, na minha frente, valeu tudo de ruim que passei nesses dias dificeis aqui no Reino Unido. Foi um privilegio ouvir um desfile de classicos da musica pesada ali, na tua frente. Que em 2013, saia o novo album e, curado do cancer, o Sabbath passe no Brasil com um publico quente, porque o ingles, nao empolgou mesmo...

Set List


1- Black Sabbath
2- The Wizard
3- Behind The Wall Of Sleep
4- N.I.B.
5- Into The Void
6- Under The Sun
7- Snowblind
8- War Pigs
9- Sweet Leaf
10- Solo de bateria
11- Iron Man
12- Fairies Wear Boots
13- Tomorrow’s Dream
14- Dirty Women
15- Children Of the Grave

Bis

16- Paranoid

As fotos do festival, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105932712885003.10457.100004048244728&type=3






 
















 





Download Festival 2012 - O pesadelo parte II

"Yes, I'm on the highway to hell..."

Londres

O quarto era tudo que precisava depois da noite mais apavorante da minha vida. Privado, quente e limpo. Tinha ate uma tv. Pensei seriamente em desistir do festival. Depois de dois dias sem a chuva parar, imagine como estaria a arena dos shows. De interessante, na sexta, so tinha o Europe, Opeth, Nightwish, Dave Townsend Band e Slash. Nao iria ver a headliner da noite, o Prodigy, nem de graca. Apos pensar muito no hotel, depois de comer, tomar um longo banho quente e tentar arrumar alguma roupa seca, decidi ir e checar como tava tudo. Porem, se voltasse a cair uma gota sequer de chuva, prometi a mim mesmo que voltaria. Ao menos a previsao pro sabado e domingo, dia das bandas importantes, era de sol.

Dito e feito. Pisei na arena e tava impraticavel. Impossivel andar. Lama ate a canela. Nao cair era uma missao quase impossivel. Vi uma musica do Opeth e fui embora. Comecou a chover de novo e sem chance de ficar ali. Chega! Tenho limite! Nao sou bicho. E nao era fa de nenhuma das bandas. Ao menos o Slash ja vi (e vou ter a chance de ver de novo nas proximas semanas) e o Europe vou poder ver nessa semana. O Opeth, Nightwish e Devin Townsend, fica pra uma proxima. Nao serao shows que me farao sofrer por ter perdido.

Depois de sair da arena, mais uma hora congelando no frio esperando o onibus pra estacao. Depois, mais meia hora de viagem e por fim mais meia hora de caminhada ate o albergue. A essa altura, eu ja sentia dor de tanto frio. Tinha sido uma quinta assustadora e uma sexta estressante. O que mais queria era dormir e so. De bom, conheci um polones (outro, igualzinho a 2010, hehe), no onibus e ao menos foi uma boa conversa. Polonesa que e bom, nada, ne? Hehe

Apos tanto sofrimento, dormi ate 10h do sabado. A boa noticia foi acordar, sabendo que a governanta tinha conseguido me encaixar po mais uma noite e o tempo finalmente tinha aberto. O sol chegou. Ok, o frio nao se foi, nem o vento, mas so o fato de nao ter chuva, ja valia a pena. O sabado era fraco e de interessante, so o Metallica, o headliner da noite, tocando o famoso Black Album na integra. E fiz isso. Fui apenas pro show deles. O ultimo da noite. Cheguei uma hora antes e o cenario era outra. A producao tinha feito algo. Passaram a madrugada e manhha forrando o lamacal com feno. O que absorveu toda a lama e tornou a imensa area (pra cerca de 200 mil pessoas), praticavel. Com o sol que abriu e sem chuva, fez ate, ainda que por um instante, esquecer do inferno que vivi na quinta e sexta-feira...

As fotos do festival, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105932712885003.10457.100004048244728&type=3






Download Festival 2012 - O pesadelo

"I'm on the highway to hell..."

Londres

Parti de Londres, rumo a Derby, na quinta-feira pela manha, ja com o tempo fechando. Foram quatros horas de viagem com uma guria na cadeira da frente que nao parava de falar nem pra respirar. O que tornou a viagem um verdadeiro inferno. Assim que cheguei a estacao de onibus, logo peguei outro e meia hora depois ja estava em Donington. E assim que pisei no autodromo, comeceou a chuva como quem diz: "bem-vindo". Porem, tudo se transformou num caos em poucos minutos. A chuva se tornou uma tempestada e trouxe consigo frio e vento. O que faz a Inglaterra parecer glacial. A area toda se tornou um lamacal de areia movedica, o que me fez, pela segunda vez, perder de conhecer o museu dos carros da Formula 1, pois o mesmo foi interditado.

Apos acabar de montar minha barraca, eu ja tava ensopado e tremendo de frio. Nao parava de chover um segundo e a lama tornou tudo ao redor da barraca impraticavel. Mas nao tinha jeito. Eu tinha que dormir ali mesmo. Nao tinha pra onde ir. E foi, de longe. A pior noite da minha vida. Durante a noite, a chuva se tornou tempestade e os ventos fortes derrubaram minha barraca e outras tantas. O que fez a experiencia, alem de desagradavel, apavorante. Voce, no meio da madrugada, sem ter pra onde ir, ensopado, sem abrigo, com fome, tremendo de frio. A brincadeira se tornou pesadelo.

Na sexta pela manha. Tive que tentar encontrar uma saida. Dificil pensar nessas horas e nessas condicoes. Sem nada de chuva parar, sai coberto de lama, ensopado e tremendo de frio com destino a estacao de onibus que cheguei. La, ia tentar arrumar a qualquer custo um hotel. A tarefa seria quase impossivel, pois Derby e uma cidade pequena e por causa dos festivais, todas as acomodacoes ja tavam ocupadas ha meses. Esperando o onibus, um taxista anjo foi muito bacana comigo. Vendo minha situacao, me convidou pra entrar no taxi aquecido e me ofereceu cafe bem quente de graca. E ainda me deixou no meio do caminho da estacao. Sem cobrar um centavo. Ainda existe gente boa no mundo.

Chegando na estacao, foram longas sete horas de procura. Ja tava desesperado. Com fome, sede e tremendo de frio e ensopado e sujo. Nao parava de ventar nem chover. Com muita sorte, encontrei um quarto num hotel pensao. E pra minha sorte, barato. Apenas 20 libras. O perrengue ainda teria tres noites e a governanta so poderia me oferecer uma. Mas ok, vamos viver um dia por vez. Ter encontrado um lugar quente e confortavel ja foi um milagre. Vamos comemorar e deixar os problemas d'amanha pra amanha...

As fotos do festival, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.105932712885003.10457.100004048244728&type=3