23 de julho de 2012

Iron Maiden - Toronto, Canadá - 13/07/12

"That as soon as you're born you're dying..."


Recife


E Toronto foi o palco do nosso décimo oitavo show do Iron Maiden, o quarto em terras canadenses nessa nova e segunda viagem maluca por este mundão. Sempre é uma ótima experiência assistir a essa banda ao vivo. Nestes tempos descartáveis que os gênios vão morrendo aos poucos e os idiotas vão surgindo aos montes, assistir pessoalmente às últimas lendas vivas é uma oportunidade que não se pode perder. E nunca se sabe o dia d'amanhã...


Ottawa, o primeiro show no Canadá, era a hora de se deliciar com o primeiro show visto nessa Maiden England North American Tour 2012. O segundo, em Quebec, era pra curtir de verdade, num local relativamente pequeno, apenas pra fãs e vendo os caras a um palmo de distância. O terceiro, em Montreal, igualmente confortável, assistir a um show com um grande amigo e o quarto e último, um sentimento diferente. Último show de 2012, últimos dias no Canadá, igualmente na presença duma grande amiga, numa grande cidade. Ah, essa Toronto...


E Toronto recebeu o melhor show dessa primeira parte da tour no Canadá (não estarei presente nos outros quatros em Winnipeg, Calgary, Edmonton e Vancouver). O mais lotado, também. Segundo Bruce, cerca de vinte mil pessoas estavam presentes na noite de sexta-feira 13, também dia mundial do rock no Molson Amphitheater. Fiquei no setor General Admission, que não tinha mais que 3 mil pessoas. Pra quem gosta de  verdade da banda, um sonho. Realmente perto, com pessoas educadas e um palco não muito alto. Tudo na medida certa pra encerrar com chave de ouro nossa segunda tour maluca por esse mundão...


Com casa cheia e um público fiel, respeitoso e apaixonado, a performance da banda que sempre é pra lá de incendiária, estava ainda mais. Parece um clichê, mas não é. Grande parte do clima de um show, se deve ao público que o assiste. Ok, alguns dias, nem com o melhor público do mundo a coisa funciona. Mas nesta sexta-feira 13 funcionou. E muito bem. A banda entrou mais uma vez com "sangue nos óio". Moonchild é uma música poderosa e perfeita pra começar um show de uma tour tão especial como esta. A música não é curta, quase seis minutos, mas passam extremamente rápido. Há algo de hipnótico nesta música. Quando a mesma acaba, mal você consegue respirar e pensar consigo mesmo: "Uau, estou mesmo num show do Maiden e mesmo sendo a décima oitava vez, esse sentimento de excitação nunca vai embora!". Can I Play with Madness, apesar de não ser uma das minhas favoritas, funciona muito bem ao vivo e te distrai pra você, mais uma vez, entrar em transe com outro clássico que não era executado há anos. The Prisoner vem na hora certa de quase te fazer chorar. Uma das obra-primas do The Number of the Beast que era pedida de volta há tantos anos. Na sequência, te enfiam 2 minutes to midnight guela abaixo pra você cair um pouco na realidade e ser um pouco crítico: "Poxa, essa música é bacana, mas já foi tocada a exaustão e pode muito bem sair do set pra dar lugar a músicas muito melhores que todos querem ouvir por muitos e muitos anos." Afraid to shoot strangers, é uma daquelas surpresas raras no set. Apesar de não ter muito a ver com esta tour, é muito bem-vinda. De brinde, conta com uma interpretação fantástica do Bruce, o que faz ler nas entrelinhas as músicas especiais que o baixinho dá 200% na interpretação. The Trooper vem na sequencia. É uma daquelas clássicas que, apesar de não me agradar muito, funciona muito bem ao vivo, assim como a The Number of the Beast que conta com um enorme demônio mecânico no fundo do palco que se move durante os cinco minutos da música. Com todas as chamas do cenário, você, muitas vezes, pode até se perguntar se aquele boneco não é real, tamanha a realidade do mesmo. Phamtom of the Opera, apesar de ser uma obra-prima, também poderia sair do set pra dar espaço a mais clássicos não executados ao vivo. Run to the Hills, uma das clássicas, mas já tão batidas que você canta meio que no automático. Todo o dinheiro que gastaram no demônio da Number of the Beast, na pirotecnia de todo os show, no belíssimo cenário e nos outros dois Eddies, deve ter secado os cofres da banda. Durante a execução da Run to the Hills, um Eddie muuuito tosco entra no palco. Depois de ficar acostumado com os fantásticos e pra lá de bem-feitos e reais da Somewhere Back in Time e Final Frontier, esse foi pra lá de vagabundo, hehe. Os outros dois citados estão tão bem-feitos que a gente perdoa esse lapso. Wasted years vem trazendo toda a sutileza de Mr. Adrian Smith que conquistou tantos e tantos fãs da Donzela. Seventh son of a seventh son, não executada desde 1988 e  um dos maiores épicos de toda a história da banda, juntamente com Rime of the Ancient Mariner é finalmente executada. Como diz um amigo: "Agora a porra fica séria..." A começar pelo Eddie gigantesco no fundo do palco com sua bola de cristal ainda mais realista. Duas enormes velas pegando fogo, em casa lado do palco e um órgão sombrio com o "sétimo membro" do Maiden, igualmente pra lá de sombrio, tornam de longe o momento-chave deste show. A interpretação do Bruce, com uma capa medieval e todo o clima místico da música, te fazem visitar um outro mundo durante os mais de dez minutos dessa obra-prima do rock and roll. Quando a música acaba, você fica ainda catatônico. Você que ainda não viu esta tour, me entenderá quando a vir a vivo. Dê uma chance a si mesmo e não perca esse show quando passar aqui no Brasil no próximo ano. The Clairvoyant com uma das introduções de baixo mais lindas que Mr. Steve Harris já criou, te faz se sentir realmente bem e lembrar do quão boa é esta música. Fear of the Dark chega pra você dizer: "Ah, não! Com tanta música boa não tocada há tanto tempo e Fear of the Dark de novo?!!!"Mas é impressionante como a filhga da puta funciona bem ao vivo e incendeia o público após a viagem mística de Seventh son e ao baixo galopante de The Clairvoyant. Iron Maiden vem pra encerrar a primeira parte do show com o Eddie mais fantástico reproduzido ao vivo, dando a luz ao sétimo filho. Não há forma melhor de encerrar a primeira parte do show com o Eddie, literalmente parindo o sétimo filho. Após o bis, Aces High é outra surpresa nesta tour. Como meu amigo Camillo falou, o show começa de novo com ela. É uma das músicas mais adoradas do Maiden e uma das minhas preferidas, mas que exige muito do Bruce. E como abertura do bis, o Bruce e a banda já estão muito cansados. Mais uma que poderia dar espaço a mais músicas do Somewhere in Time que toda a humanidade quer ouvir há decadas. The evil that men do e Running free encerram as quase duas horas d'apresentação. São mais duas músicas pra lá de batidas que não deixariam ninguém triste se saíssem do set...


E este foi nosso último show em terras canadenses. Já são dezoito shows do Maiden nas costas, vistos em dois continentes, doze países e dezesseis cidades. Já vi shows do Maiden bons, ruins, fantásticos e históricos. Já vi o Maiden tocar pra menos de 10 mil pessoas e pra quase 100. Mas uma coisa não mudou em todos esses lugares. O profissionalismo da banda que, mesmo nos dias ruins, dá 300% ao vivo. Da devoção e paixão dos fãs, seja qual for o país, continente, cidade, lugar. Não são palavras dum fã fanático, apesar de parecer. São palavras de quem já viu e vê tantas bandas, mas que só a Donzela de Ferro consegue reunir tantos sentimentos duma só vez. E não são só os meus. Enquanto esses senhores ingleses continuarem levando sua arte tão a sério e fazendo tudo com paixão e profissionalismo, vai ser difícil parar e pros fãs, vai ser difícil enjoar, mesmo que, infelizmente, o set list continue sendo sempre o calcanhar d'Aquiles desses bretões tão fantásticos. Que venha 2013 com algumas mudanças. A esperança nos faz sempre acreditar. Up the irons!!


As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.117007025110905.28144.100004048244728&type=3

Set list 

Intro 

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.
01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

Ps: Post dedicado à minha companheira no show de Toronto. Dona do albergue d'Ozonia e que me aturou por semanas no seu cafofo com tanto carinho. Até o próximo, Ozönia. Up the irons!!








13 de julho de 2012

Iron Maiden - Montreal, Canadá - 11/07/2012

"The seventh, the heavenly, the chosen one..."

Toronto

Os shows estão sendo progressivos aqui no Canadá. A medida que vão se passando, a banda vai se soltando mais, se sentindo melhor em cada cidade e, consequentemente, melhora a performance ao vivo. O grande carro-chefe do Iron Maiden. E assim foi em Montreal na última quarta-feira. Meu último dia na cidade com um show do Iron Maiden. Nada mau. Ainda mais na presença dum amigão. Camillo Lakiss, vulgo monstro. Talvez por ter gostos iguais e pensamentos relativamente iguais, ele tenha sido meu único amigo nos tempos da faculdade. Por isso, na época, nos botaram o apelido de Tico e Teco.

Lá se vão dois anos que o monstro decidiu sair do Hellcife e morar em Montreal. Desde então, tava devendo uma visita. No começo do ano, o Iron Maiden anunciou a turnê que passaria apenas por EUA e Canadá. Nada melhor então que unir o útil ao agradável. Visitar um amigo, a pista de Montreal (quem é fã de F1, vai entender) e de quebra, assistir ao Iron Maiden numa turnê especial como a Maiden England. E assim foi.

A gente chegou no Centre Bell, meia hora antes do show, logo escolhemos nossos lugares, sem nenhum estresse e nos acomodamos. O público de Montreal foi, mais uma vez, bastante educado como o restante dos shows no Canadá até então (Ottawa e Quebec), mas, entre os três, o mais apaixonado. Um animado Bruce Dickinson falou em francês a noite inteira com o público, o que ganha a simpatia de qualquer nativo. Um dos pontos que o baixinho abordou, foi a relação especial que a banda tem o Canadá. A primeira turnê por aqui foi há distantes trinta anos. Na tour do The Number of the Beast.

Cerca de 15 mil pessoas estavam presentes na quarta-feira, 11 de julho, no Centre Bell em Montreal. E tenho certeza que, todas elas, inclusive eu e meu amigos, voltaram pra casa 90% satisfeitas. Performance inspirada, toda a pirotecnia funcionando perfeitamente, público empolgado e composto realmente de fãs. O único porém, de novo, é o set list. Acompanho os caras desde 1996 e já é sabido que os set lists da banda, infelizmente, são seu calcanhar d'Aquiles. Já disse isso nos outros posts dos shows de Ottawa e Quebec e vou dizer novamente aqui. É um sacrilégio deixar de fora "Infinite Dreams" justo na turnê revisitada do 7th Son. Em alguns momentos do show, onde havia um pouco mais de discurso do Bruce, até rolou uma breve esperança de tocarem, mas nada feito. A esperança que executem esssa obra-prima nas pernas 3 e 4 de 2013, porém, continua. A nós, pobres mortais, nos resta aguardar. Hoje, sexta-feira 13, dia mundial do rock, nenhuma outra melhor forma de comemorar isso com mais um show do Iron Maiden, ainda mais na presença duma grande amiga, Ozonia, que tá me hospedando aqui em Toronto com todo o carinho do mundo. Será também meu último fim de semana no Canadá. Após longos dois meses de viagem, segunda-feira é hora de voltar pra casa. Mas enquanto a hora não chega, logo mais, aqui em Toronto, meu show do Maiden de número 18. Up the fucking irons!!

As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/everaldo.junior.731/photos#!/media/set/?set=a.115355638609377.26396.100004048244728&type=3

Set list

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.
01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

Ps: Post em homenagem, é claro, ao meu amigo Toronto e sua guria, Kaisa. Além da companhia, me abrigaram com todo carinho e atenção do mundo. Brigado pessoas e até um futuro próximo :)



11 de julho de 2012

Iron Maiden - Quebec City, Canadá - 08/07/2012

"I am he the bornless one, the fallen angel watching you..."

Montreal

Quando se assiste a um show tão grandioso ao vivo como é o do Iron Maiden, um espetáculo nunca é suficiente pra analisar e absorver tudo. Mesmo quando os set lists são os mesmos durante a turnê inteira (o calcanhar d'Aquiles do Iron Maiden). Sendo assim, escolhi quatro shows durante esta primeira perna da Maiden England World Tour. No primeiro, você só observa. No segundo, você analisa com mais calma. No terceiro, compreende cada detalhe e no quarto, você curte mais profundamente e também por ser o último.

Grandes diferenças dos shows de Ottawa e Quebec. O primeiro, era num festival pra cerca de vinte mil pessoas e, como acontece na maioria dos festivais, a maioria do público é de curiosos e não de fãs leais como são conhecidos os do Maiden. Talvez por isso, a banda tenha dado muito mais o sangue no show de Quebec. E assim foi. O local escolhido, o Colisee Pepsi estava cheio, mas não lotado. Acho que umas 10/12 mil pessoas no máximo. Na pista, umas quatro ou cinco no máximo. E assistir o Maiden num lugar desses é fantástico. Foi meu décimo sétimo show do Iron Maiden e o primeiro que fiquei na grade. Palco baixo, público comportado, tudo de bom. Foi realmente impressionante assistir aos caras, pela primeira vez, a um braço de distância. Toda a energia da banda, juntamente com o som alto e toda as labaredas das pirotecnias são sentidos muito de perto pelo seu corpo. Uma experiência fantástica. Pra quem é realmente fã, então. Único. Assistir shows grandes com 40, 50, 100 mil pessoas, pode ser bom do ponto de vista de ver como a banda é poderosa, mas é desconfortável. Ver a banda em um lugar relativamente pequeno, só pras fãs, grudado nos caras, seguindo cada gota de suor que cai deles, torna assistir a um show do Iron Maiden como ele realmente é. 200% d'energia e calor humano. Não existe presença de palco igual a desses senhores que, aos poucos, vão se aproximando dos sessenta anos. A energia dos caras supera a de muitos moleques de 25 anos. O que torna a coisa ainda mais impressionante...

Houve vídeos mais elaborados como introdução pra várias músicas. Logo depois de Doctor Doctor, há um empolgante vídeo das geleiras (parecido com os do Maiden England original, porém, atualisados e muito mais bem feitos e realistas), com o Bruce cantando a introdução de Moonchild de fundo (parecido com a Satellite 15, antes da Final Frontier), há o vídeo introdutório de Prisoner, o discurso de Churchill's em Aces High (a introdução da Somewhere Back in Time, lembram?) e assim por diante.

A maior surpresa desse show, foi a presença do terceiro Eddie na 7th Son of a 7th Son. Um Eddie vidente gigantesco cresce por trás do palco com um efeito muito realista de luz vermelha nos olhos. Há uma enorme vela com um demônio do lado direito do palco e uma outra enorme com um anjo, do lado esquerdo. Ambas vão queimando aos poucos no desenrolar da música que tem uma performance inspirada do Bruce. Bruce, que por sinal, aparece com um figurino diferente nesta música. A banda investiu pesado nesse Eddie e mais ainda no segundo, que aparece na execução da Iron Maiden. Este, o do 7th son. Aparece com a cabeça em chamas, mexendo a cabeça e com o feto se mexendo. Ambos, gigantescos e muitíssimo bem-feitos e realistas. Sendo assim, acho que o dinheiro acabou pro terceiro Eddie que entra durante a execução da Run to the Hills. Esse, muito mal-feito. Quase amador. Em nada lembra os das turnës passadas, Somewhere Back in Time e Final Frontier World Tour que eram espetaculares.

Os fogos funcionaram muito melhor também neste show de Quebec. Por ser um local fechado, o efeito foi outro e não teve problema com chuva e vento pra estragar um pouco dos efeitos. Essa turnê está pra lá de especial. O pecado, infelizmente, é o set list. Deixar Killers, Halloweed be thy name, Die with your boots on, Caught somewhere in time, Strange in a Strange Land, Heaven Can Wait, Alexander the Great e PRINCIPALMENTE, Infinite Dreams é um sacrilégio. A surpresa por Afraid to Shoot Stranger (execução perfeita), é muito bem-vinda, embora ela não devesse estar nesta tour. E mais uma vez, a presença das pra lá de saturadas Running Free, 2 Minutes to Midnight, The Evil that Men do e Fear of the Dark dão uma arranhada nessa tour tão especial. A esperança, e ninguém me tira ela, é que ano que vem, nas pernas 2 e 3 da turnê, vão dar uma pequena mexida no set e, ao menos Infinite Dreams será executada. A nós, brasileiros, resta esperar. Os shows daí, provavelmente serão anunciados no site oficial em novembro, junto com todas as datas de 2013. Por aqui no Canadá, ainda temos o show de Montreal e Toronto. Especiais por estar na presença de grandes amigos de longa data que estão me dando a maior força aqui no Canadá. Assistir a um show do Maiden é sempre especial. Na presença de amigos queridos que moram em outros países e que você mal vê uma vez por ano, faz a coisa ficar realmente inesquecível. Vamos lá então aos shows 17 e 18 dos ingleses. Up the fucking irons!


As fotos do show, você pode ver aqui:

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.113372448807696.23605.100004048244728&type=3

Set list 

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.

01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)



9 de julho de 2012

Iron Maiden - Bluefest, Ottawa, Canada - 07/07/2012 Parte II

"Give me the sense to wonder,, to wonder if I'm free..."

Quebec

Acordei por volta das 8h mas fiquei enrolando na cama ate umas 12h. Sai, dei uma volta de 10 minutos e voltei pro albergue. O sol tava de lascar. O show do Alice Cooper tava marcado pras 19h e o do Maiden as 21h. Cheguei no Royal Park por volta das 18h30 e o sol ainda tava insuportavel. Devo ta todo queimado novamente. Tinham umas 20 mil pessoas la. Publico bem dividido. Festival e uma merda por isso. Quem quer ver a banda mesmo, acaba se estressando. Logo depois do fim do show do Alice Cooper, fui entrando no meio do povo e fiquei quase na grade pro show do Maiden. Triste ilusao de tranquilidade. Logo na quarta musica, fui mais tras pra ter um pouco de tranquilidade. Na frente, so havia guris retardados e espinhentos que abriam roda a cada musica. Quem queria ver o show ficou puto. E, pela primeira vez na vida, bati forte em alguem. Os putos esbarravam em mim e eu esmurrava as costas dos infelizes e os empurrava de volta pra roda sem piedade. Pra evitar confusao e nao perder o show, decidi recuar...

Logo apos a ja caracteristica "Doctor Doctor" do UFO pra abrir os shows do Maiden, uma bonita segunda introducao, antecede o playback de Moonchild. Sim, ao contrario da Somewhwere Back in Time que o Bruce cantava ao vivo a introducao da musica, nessa tour, ela e tocada no playback como acontece na Aces High pra dar tempo dos caras entrarem quebrando tudo. E funciona. A banda entra incendiando tudo. Fogos, e claro. Essa musica e poderosa e funciona bem abrindo um show. As pessoas ficam, literalmente, malucas.

Na sequencia, vem Can I play with madness e o show vai seguindo. A performance da banda, excelente como sempre, mas, mais ou menos na metade do show, senti a banda um pouco cansada e sem taaanto animo. Ate a voz do Bruce deu umas falhadas e ele nao demonstrou taanto empenho como geralmente mostra. O publico, e um pouco mais quente que o da Europa, mas igualmente muito parado pra um show do Iron Maiden. E festival, entao, fode de vez. A grande maioria e de curiosos que sequer conhecem a banda. E muitos sao os espinhentos adolescentes retardados que so perturbam quem quer ver o show...

Mas, mesmo com essas pequenas "nuances", o show foi seguindo. Eu sabia o set list, mas nao sabia a ordem, nem o que aconteceria no show em termos de producao. Me recusei a ver os videos dos primeiros shows no youtube. Preferi deixar tudo mais divertido e surpresa no show ao vivo. E melhor foi. O cenario esta simplesmente fantastico. Tudo feito com muito bom gosto. O azul claro, da arte grafica do 7th Son deixa o cenario bem limpo. Com uns jogos de luzes e efeitos, o cenario fica realmente fantastico. Ha mensao de varios Eddies nas geleiras do cenario, o que deixa a coisa muito agradavel aos olhos...

Ouvir The Prisoner e, principalmente 7th son of a 7th son, nao tem preco. Eu, assim como muitos, queriam ouvir essas musicas ha tempos e a espera e muito bem recompensada. Alem da producao, a execucao das mesmas e fantastica. Voce lembra bem da producao da Somewhere Back in Time com fogos, explosoes, Eddies e o caralho, ok? Pois bem, nessa, a coisa ta ainda melhor e mais profissional. O porem, fica por conta do set list...

Sim, e sabido por todos que o grande defeito do Iron Maiden sao os set lists repetitivos. Ha dezenas de classicos que todos querem ouvir ha decadas e os caras nao tocam de jeito nenhum. Insistem em tocar as mesmas cancoes que, de tao batidas, ninguem aguenta mais ouvir. Isso, infelizmente, acaba sendo um anti-climax nessa tour tao especial. Se voce for analisar o set list de forma racional, deixando a paixao pela banda de lado, nas dezessete musicas tocadas, ha apenas tres novidades: The Prisoner, 7th son a 7th son e Afraid to shoot strangers...

Vamos la. Ok, Iron Maiden e classica e nunca vai sair do set list. Ate pela producao de palco que e sempre executada nessa musica, que finaliza a primeira parte do show. Phamtom of the Opera e fantastica. Mas nao tem muito motivo de ta nessa tour de novo. Foi tocada na Tour Early Days de 2005 pra mesma tour norte americana e europeia e, pra nos, latinos, na ultima perna da Somewhere Back in Time em 2009. Mas Running free? Alem de ser uma musica bem fraquinha, foi executada a exaustao nas ultima tours, inclusive em 2010 e 2011, na Final Frontier. Nao podia ta no set list. Nao ha nenhuma musica do Killers, inclusive a propria que esta presente no video oficial Maiden England e que todos esperavam muito nessa tour e nada. The Number of the Beast, ok, classica e tambem nao sai. Mas tirar Halloweed be thy name e um sacrilegio. Justo nessa tour tao especial. The Prisoner era muito esperada e, felizmente, tocam a bendita. Run to the Hills de novo?? The Trooper, tambem nao sai, e, ate pela arte da turne, era esperado. Tudo bem, a gente aceita. Mas nenhuma outra musica do Piece of Mind como Flight of Icarus, Die With your boots on e Still Life (presentes no Maiden England), dao uma decepcionada legal. Ai os caras chegam no Powerslave e poem Aces High (igualmente fantastica como a Phamtom of the Opera), mas foi carro principal da Somewhere Back in Time. Nao tinha que ta nessa tour. E 2 minutes to midnight, idem! Ao contrario de Aces High, ninguem aguenta mais, e foi executada a exaustao na ultima tour, a Final Frontier. Do Somewhere in Time, apenas Wasted Years. Tambem foi executada a exaustao na Somewhere Back in Time, mas tudo bem que esteja no set list. Mas nada mais do Somewhere in Time? Ha classicos esperados ha anos como Caught somewhere in time, Strange in a strange land e Alexander the Great e os caras nunca tocam. Nao tem jeito!! Chegamos ao 7th son e a escolha foi muito boa. Cinco das oito musicas do album. Mas os caras deixam de fora, justamente a mais idolatrada, Infinite Dreams. Porra!! E pra finalizar, de novo, Fear of the Dark que nao tem que estar nessa tour e ninguem aguenta mais ao vivo. A esperanca e que eles mudem o set pras pernas sul americanas e europeias em 2013. E eles mudam, mas que por favor nao mudem pra pior, pra tirar musicas como 7th son e Prisoner pra botar Wrathchild e Sanctuary por exemplo...


O set list, entao, e a pequena decepcao dessa tour tao especial. Mas quando voce esta no show, voce procura deixar isso do lado e simplesmente aproveitar o show. Ha tanta producao, ha tanto cuidado nas minucias que voce meio que, perdoa, a cagada do set. E assim, vai aproveitando cada segundo do show de quase duas horas que passa beeem rapido. E isso, pessoas, ainda temos os shows de Quebec, Montreal e Toronto pra ver por aqui no Canada. Vamos esperar que, como  falei, na nossa vez, ai no Brasil, em 2013, mudem um pouquinho o set. Ao menos Infinite dreams, ne?!!

As fotos do show, voce pode ver aqui: 

http://www.facebook.com/media/set/?set=a.113234002154874.23401.100004048244728&type=3

Set list

Intro

Nick Ingman and Terry Devine-King's "Rising Mercury" served as the intro for the tour.

01. Moonchild (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
02. Can I Play with Madness (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
03. The Prisoner (from The Number of the Beast, 1982)
04. 2 Minutes to Midnight (from Powerslave, 1984)
05. Afraid to Shoot Strangers (from Fear of the Dark, 1992)
06. The Trooper (from Piece of Mind, 1983)
07. The Number of the Beast (from The Number of the Beast, 1982)
08. Phantom of the Opera (from Iron Maiden, 1980)
09. Run to the Hills (from The Number of the Beast, 1982)
10. Wasted Years (from Somewhere in Time, 1986)
11. Seventh Son of a Seventh Son (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
12. The Clairvoyant (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
13. Fear of the Dark (from Fear of the Dark, 1992)
14. Iron Maiden (from Iron Maiden, 1980)

Bis

15. Aces High (from Powerslave, 1984)
16. The Evil That Men Do (from Seventh Son of a Seventh Son, 1988)
17. Running Free (from Iron Maiden, 1980)

PS: Perdoem a falta d'acentuacao e os erros de portugues. Esse texto nao foi revisado. Ainda nao comprei meu notebook e os computadores que tenho usado aqui no Canada, exceto os dos meus amigos Camillo e Ozonia, sao desconfigurados pra nosso idioma. 





Iron Maiden - Bluefest, Ottawa, Canada - 07/07/2012 Parte I

"Seven deadly sins, seven ways to win, seven holy paths to hell and your trip begins..." 

Quebec

Sai da estacao de trem de Montreal as 9h55 da sexta-feira, dia 06 de julho. Pouco mais de 2h depois, ja estava em Ottawa. Minha primeira viagem de trem pela America do Norte. E, assim como na Europa, e outro mundo. Ok, voce paga um pouco mais caro, mas tem uma viagem pra la de confortavel. Poltronas que quase viram cama, alem de bastante largas, tomadas pra carregar seus eletronicos e wi fi nos vagoes. E isso na classe economica. Viagem pra la de tranquila.


Chegando em Ottawa, tive aquela mesma sensacao de sufoco que tenho ha quase trinta anos na minha Hellcife. Fazia mais de 40 graus e eu comecei a derreter. O Canada e mesmo 8 ou 80. Quando faz frio, sao quase 40 negativos e toneladas de neve. Quando faz calor, o oposto. Pra minha sorte, o albergue era facinho de novo. Saindo da estacao, um onibus de 15 minutos, depois, uma descida de escadaria e o mesmo a nossa direita. Belo local. O Albergue ta instalado numa antiga prisao. Um clima todo especial. Mas, nota 10 pra administracao. Ja passei por albergues na Europa toda e ate Brasil. Uns bons, outros terriveis. Esse no Canada, junto com o da Suica, ficam entre os top. Limpeza, simpatia dos funcionarios, localizacao, quartos. Nao ha mesmo nada do que reclamar. Se voce estiver indo a Ottawa, va ao Jail Hostel.

O esperado e tao aguardado primeiro show do Iron Maiden nessa minha viagem maluca de 2012 que comecou la no dia 18 de maio, finalmente tava perto. A igualmente tao aguardada Maiden England North American Tour 2012. Fui desbravar Ottawa na mesma sexta, um dia antes do show e conferir logo o caminho. Cerca de meia hora de caminhada e pronto. La estava no parque onde tava sendo realizado o Bluefest. Do albergue, um retao so. No caminho, varios pontos turisticos de Ottawa como o Parlamento canadense, por exemplo. Parques, rios, etc. Sao trinta minutos a pe, mas que passam bem rapido com tanta coisa interessante passando pelo canto do teu olho...

Chegando la, fui estudando toda a estrutura e local pra, no proximo dia, sabado, dia 07 de julho, chegar com tudo em ordem. Voltei pro albergue e la foram mais quase sessenta minutos de caminhada. Sim, parei no caminho pra comer e beber algo. O calor seguia desumano e aqui no Canada, so escurece depois das 21h. Ate la, voce sofre um bocado. De volta a minha "jaula", hora de dormir. No proximo dia, enfim, Iron Maiden...

PS: Perdoem a falta d'acentuacao. Ainda nao comprei meu notebook e os computadores que tenho usado aqui no Canada, exceto os dos meus amigos Camillo e Ozonia, sao desconfigurados pra nosso idioma.