28 de junho de 2010

Aerosmith, Palau Sant Jordi - Barcelona, Espanha - 27/06/2010

"Walk this way..."

Barcelona, Espanha

Ontem não foi dia 24 aqui em Barcelona, mas foi quase. Teve parada gay por aqui. O dia nacional da viadagem, hehe. Sim, parada gay no coração de Barcelona na Praça Espanya. Com direito a canhão de espuma pros viadinhos e Joãozinhas do mundo todo. Uma felicidade só. Lembrei de você, Iuri. Sua beeecha. Terias adorado. Tinha viado de todo canto do mundo. Pra todos os gostos. Irias se esbaldar, hehe.

Pouco depois da corrida e dum breve papo com mamãe pelo msn (vejam o que uma viagem não faz...minha mãe não sabia ligar um commputador, hoje, fala no msn, fofoca comigo e liga até a web cam. Tás brincando, é?!), fui dar um giro pelo centro de Barcelona e tirar fotos de outra praça linda daqui, a Praça Catalunya. No caminho, muita gente com a camisa do Aerosmith. Suspeito. Cheguei na praça e começei a tirar as fotos. De repente, vejo um cartaz anunciando o show do Aerosmith dali a 40 minutos no mesmo Palau Sant Jordi onde assisti ao Kiss na última quinta. Não pensei duas vezes. Vim correndo catar o dinheiro e direto pro show. Eram 20 minutos da praça Catalunya até em casa e, com sorte, mais 20 minutos a pé ao Palau Sant Jordi. Com sorte, pois pra chegar lá, tem que passar pela Praça Espanya que era onde ocorria o epicentro da viadagem, hehe. Mas, tudo bem. Lá fui eu.







Cheguei sem ar lá. Vim correndo do centro até aqui e daqui até o local do show. Uma tirada de uns 40 minutos. Cheguei morto, comprei os ingresso às pressas e às 20h20 tava lá. Local vazio. Teria shoow do Aerosmith ali? Mas teve uma banda de abertura que não lembro o nome e, aos poucos, as pessoas foram chegando. As 22h10 aproximadamente, cai a cortina com o logo do Aerosmith e a banda entra já botando pra foder com Love in Elevator. Pra quem tava achando o Palau Sant Jordi vazio, a essa hora, já tava lotado, assim como no Kiss. No mínimo 15 mil pessoas.

Quase o mesmo local do show do Kiss. Arquibancada pelos mesmo € 53 que paguei pelo Kiss. Mesmo conforto de assistir o show sentado, com cadeirinha reservada, sem nenhum mala na tua frente e com uma excelente e completa visão do palco. Dessa vez, tinha uma espanhola na minha frente e duas argentinas que resolveram ficar em pé o show inteiro. Mas eram tão simpáticas e o show tava tão bom que, nada contra ver três bundinhas importadas na tua frente remexendo o tempo todo. Já que era show do Aerosmith, um bom pano de fundo, hehe.







Bumbuns saltitantes a parte, voltemos ao show. Faz pouco tempo que Mr. Steven Tyler caiu do palco, quebrou o ombro e obrigou a banda a cancelar uma série de shows. Depois disso, veio uma crise com troca de farpas via imprensa entre os integrantes. Farpas que anunciaram e desanunciaram várias vezes a saída de Mr. Tyler da banda. Após muita punhetagem, entraram num acordo e anunciaram uma turnê esse ano. Passou aí pelo Brasil em São Paulo, no Morumbi e, pelo que li, casa cheia, ótimo set list e ótimo show. Há quase duas semanas, os vi, pela primeira vez, fechando o Download Festival no Castle Donington, Inglaterra. O show foi foda. Ótima perda de virgindade pra mim que os via pela primeira vez. Mas, em relação ao de ontem, o da Inglaterra ficou no bolso.

Primeiro, porque é muito melhor assistir a um show seco, do lado da "sua" casa, com todo conforto do mundo, inteiro e não cansado depois de três dias de festival e, numa casa menor (cerca de 15 mil pessoas), a integração com o público é sempre maior do que uma arena com mais de 100 mil pessoas. A banda esteve perfeita e feliz o tempo inteiro. Como não podia deixar de ser, todo mundo cantou junto e de pé quando chegou a vez de "Cryin" (lembram do clipe com Alicia Silverstone e Liv Tyler, ok?) e PRINCIPALMENTE "I don't want to miss a thing", tema do filme Armaggedon, estrelado pela filhota do vocalista, Liv Tyler. Esses hits "destruíram" um animado público espanhol que fez até ola.





E pra fechar uma noite inesquecível, os dois maiores clássicos do Aerosmith. O primeiro, Dream On. Uma balada com seus quase quarenta anos que, como uma boa música de rock and roll tem o dom e a magia de resistir ao tempo e nunca envelhecer. Pra quebrar tudo, Walk this way, levantando qualquer defunto. Ótima música. Ótimo show, ótima performance da banda inteira que contou com um solo de bateria, literalmente, tocado a mão por Mr. Joey Kramer. Lembro de ter assistido, ao vivo pela tv, o show do Aerosmith no Hollywood Rock de 1994 com minha mãe e, o que mais impressionou, foi o solo dele. Ontem, pela segunda vez, tive o privilégio de ver ao vivo, 15 anos depois. Grande banda. Grandes músicos. Grande show. Grande público. Que venham os próximos shows e festivais!

PS: Dedico esse show a meus amigos Bubu e Coxinha que, gostam um bocado do Aerosmith e os viram nas duas vezes em que tocaram em São Paulo nos últimos anos. Tudo de bom pra vocês, feios.

25 de junho de 2010

Kiss, Palau Sant Jordi - Barcelona, Espanha - 24/06/2010

"Shout it, shout it, shout it out loud..."

Barcelona, Espanha

Dia 24 de junho também foi feriado aqui em Barcelona. No dia 23 a noite, a cidade para como se fosse o Revellion e todos vão às praias. A propósito, vi tanto furto lá como em Boa Viagem. E não foi um só. Foi uma porrada. Ninguém roubou ninguém a mão armada ou em abordagem, mas, na mínima bobeira, se vinha gente correndo com as coisas dos outros. E, como era clima de festa e os europeus adoram encher a cara, não era muito difícil levar as coisas desse povo.

Ontem, quinta-feira, 24 de junho, era feriado aqui em Barcelona e, sendo assim, estava aquele clima de feriado com muuuita coisa fechada e pouquíssimas abertas. Pra divertir o povo, dois grandes shows no mesmo dia. Bob Dylan no Poble Espanyol e Kiss no Palau Sant Jordi. Este último, por questões óbvias, foi o que escolhi. Não sou fã do Bob Dylan, mas gosto. Logo, iria a um show dele. Não sou fã do Kiss, mas iria a um espetáculo deles. Essa é a grande diferença entre os dois. O Bob Dylan tem o seu lugar na história com suas músicas de protesto. Enfim, o velhinho é uma lenda. Gostem ou não dele. Porém, ir a um concerto dele, significa exclusivamente ir assistir a sua música e apenas ela, pois não há nenhuma produção de palco. Apenas a banda tocando e nada mais. Nenhum pano de fundo sequer. Tudo bem. Afinal, a proposta do Bob Dylan nunca foi fazer espetáculos e sim, tocar sua música, passar suas mensagens proféticas e fim. Objetivo atingido com sucesso.

Já o Kiss, não é mentira pra ninguém, a música sempre esteve em segundo plano. A megalomania, o marketings, as superproduções sempre foram o fator mais importante na trajetória da banda do que sua música em si. Há músicas clássicas, sim. É uma banda lendária do rock and roll, sem dúvidas. Mas, sejamos honestos. Músicas boas não são lá seu forte. Já as mega-produções fazem um concerto dos americanos sempre serem, facilmente e sem exageros, comparados aos maiores espetáculos já vistos na terra.



Eu estaria a menos de 3 Km's do local do show. Me custava apenas € 53,00 assitir a um espetáculo que, SE passar pelo Brasil, com aquela putaria de Pista Vip, não vai custar menos de R$ 600,00. Lá fui a pé, então. O caminho ao ginásio já vale cada segundo de caminhada. Primeiro, passamos pela Placa Espanya que já não dá vontade de sair. Depois, vamos em frente, com o ainda mais lindo, Museu Nacional D'art de Catalunya. A vista é tão bonita, mas tão bonita que, por um breve momento, esqueci que tava indo ao show do Kiss. A cidade de Barcelona é tão linda, mas tão linda que vai, é claro, merecer um post a parte. Nos concentremos no show do Kiss.

O local do show, Palau Sant Jordi, ginásio construído especialmente pra Olimpíadas de 1992 já estava cheio, mas não lotado quando cheguei. Nada de filas. Tudo muito organizado. Peguei meu ingresso na bilheteria e entrei. O show tava marcado pras 21h00. Começou as 21h15. É bom assistir show na Europa, viu. Atrasam besteira. Quando atrasam. Assim que a enorme cortina com o logo do Kiss cai, dá-se início ao maior espetáculo que musical que já vi na vida. Roger Waters e AC/DC tinham me impressionado até então. Eu disse até então, hein. Que show, minha nossa senhora. Ou melhor, show é ofensa. Espetáculo. Continuo não sendo fã do Kiss e não simpatizando com sua música, mas que espetáculo caralhoso eu tive o privilégio de ver ontem.



O show começa com o Gene Simmons, Paul Stanley e Tommy Thayer saindo do fundo do palco numa plataforma giratória que passa por cima da bateria de Erik Singer até por os caras em terra firme. Quando a plataforma para de girar, vira um encaixe luminoso com o nome Kiss aceso abaixo da bateria. Fogos de artifício não faltam em nenhum momento. Estrelinhas, canhões, giratórios, coloridos. O que imaginar de pirotecnia, nesse show, houve. Até Copacabana ficaria com inveja. E não to exagerando.

Não bastassem as mais variadas formas de explosões e fogos de artíficio, a produção de um mega-espetáculo que é um "show" do Kiss, claro, não se contenta com tão pouco. Há uma hora que o Gene Simmons, como já é tradição, cospe fogo. Logo depois, também cospe sangue. Não sei o que o desgraçado usa na boca, mas que o efeito é perfeito em termos de realismo, ah é. Não satisfeito, o mesmo Gene Simmons sai voando, literalmente, até o teto do ginásio e com seus mais de 20 metros de altura pra cantar e tocar uma música inteirinha de lá de cima. Após a música, o mesmo, desce de lá da plataforma, literalmente como uma aranha. Ao mesmo tempo é assustador e belo.



Quando já se estava pra lá de satisfeito com a mega-produção, ainda teve mais coisa. A plataforma da bateria que era inçada até o teto do ginásio com direito a muito efeito de fumaça, como se fosse uma espaçonave. As plataformas laterais do palco também são inçadas até o teto, erguendo novamente, Gene Simmons e o guitarrista Tommy Thayer até o teto do Palau Sant Jordi. E ainda teve mais. Nas músicas finais, o Paul Stanley, literalmente sai voando do palco até o meio do público, onde há uma plataforma giratória, onde o mesmo tamém é erguido e lá, canta a música inteira. Depois, voa de volta pro palco com mais explosões e fogos. O show é tão bem-feito, é tanta surpresa, tanta pirotecnia que as 2h20 de show, mais parecem 20 minutos de tanta coisa que há pra chamar sua atenção sem te deixar um segundo cansado ou distraído.



Muito comunicativo com o público de Barcelona, durante todo o espetáculo, Paul Stanley dá uma canjinha de Whole Lotta Love do Led Zeppelin. Há tambem constantes efeitos visuais no fundo do palco. Sendo, um dos entre tantos, homenagem aos Beatles que, os caras, não fazem questão de esconder como uma de suas principais influências. E assim, o show, ops, espetáculo, foi chegando ao seu final. O público espanhol, por mais latino que seja, ainda é europeu, logo, muito frio. Um show desse no Brasil, ia ser tanto grito, tanto empurrão que aff maria. Assisti o show todo quietinho na minha cadeira com uma ótima visão e nenhum mala incomodando minha visão. E que espetáculo. Valeu cada minuto, ainda que não tenha sido o suficiente pra me tornar um fã da sua "música", me tornou um fã de carteirinha dos seus espetáculos. Sem exagero. O maior espetáculo da terra como eles mesmo vendem o show, hehe.

Set List

1. Modern Day Delilah
2. Cold Gin
3. Let Me Go, Rock 'N' Roll
4. Firehouse
5. Say Yeah
6. Deuce
7. Crazy Crazy Nights
8. Calling Dr. Love
9. Shock Me
10. I'm An Animal
11. 100,000 Years
12. I Love It Loud
13. Forever
14. Love Gun
15. Black Diamond
16. Detroit Rock City

BIS

17. Beth
18. Shandi
19. Lick It Up
20. Shout It Out Loud
21. I Was Made For Lovin' You
22. God Gave Rock 'n' Roll to You II (Argent cover)
23. Rock And Roll All Nite


PS: Fafá, dedico esse show a você que, como todos sabem, é brega e por isso, fã do Kiss, hehe. Tudo de bom pra tu, um abraço pra Fofão, um carinho em Rebequinha e uma rodada em Beth, hehe. Nos vemos em novembro na corrida de Fórmula 1, sua bicha!

22 de junho de 2010

Zurique, Suíça - 17-21/06/2010

"The rain falls down on the glass in the cold..."

Barcelona, Espanha

Não achei que ia sentir saudades de Barcelona mas, talvez, por aqui ser meu retiro na Europa, com todo conforto, segurança, beleza, além de toda a ajuda que meu amigo Calumby e sua namorada, Belinha, tão me dando, senti sim e muita. Tinha uma imagem da Suíça bem diferente da que vivi ao estar lá em carne em osso. Aquela coisa. A gente visualisa mil coisas, sonha duas mil e na prática vive uma ou duas coisas apenas. A realidade é dura e crua em qualquer canto do mundo.

Após toda a confusão do vôo e ser preciso alterar um pouco meu roteiro em Zurique, ok, ainda assim daria pra conhecer um pouco da cidade. Após o show, lá pelas 23h, fomos lá pra quase uma hora de caminhada pra chegar na estação. Depois de uma longa batalha contra a lama e o frio (sim, quando a noite caiu de vez, trouxe consigo todo o frio suíço), de 10º era hora de pegar o trem de volta pra estação central de Zurique HB. Ao menos agora, o trem era direto e não tinha que fazer mudança alguma depois de tantas horas de frio, lama, cansaço e claro, rock and roll. O local do show ficava a cerca de 1h20 da estação. Quando cheguei, já passava das 0h e, consequentemente, não teria mais trem ou ônibus aquela hora por albergue. Pensei em desistir do mesmo e ficar em algum hotel próximo à estação mas desisti rapidinho depois que um cara do Siri Lanka que conheci no trem me contou que pagou 275 francos por uma noite. Vá se foder, eu tinha reservado duas noites no albergue por simpáticos 50 francos. Já que o jeito era esperar, lá fui eu matar o tempo pela estação. Fui ao banheiro (ou tentei), mas, pra minha surpresa, era pago. Sim, ao menos na estação, se você quiser tirar água do joelho ou soltar o barro, literalmente precisa pagar por isso. 1,50 franco pelo número 1 e 2,00 francos pelo número 2. E tem mais. Tem hora. Fecha das 0h as 05h. É amigão. Deu vontade nessa hora e mesmo com dinheiro não pode ir ao banheiro? Problema teu. Estranhos esses suíços, não?





Não preciso dizer que o aeroporto do East Midlands, semana passada, na Inglaterra, após o campo de guerra do Download Festival pareceu mais um exemplo de limpeza pro que ficou a estação de Zurique. Ao menos, ninguém emporcalhou o banheiro. Até porque o mesmo tava fechado, hehe. Tentei comer algo, mas tudo tava escrito em alemão. Apelei pro inglês, mas o atendente era de Camarões e não entendeu nada. Apontei o primeiro sandúiche que me custou 7 francos + 3 francos de uma coca-cola. Sutil e caro lanche por 10 francos. E ruim. Ow maldito-desgraçado sanduíche ruim. Não faço a mínima idéia do que comi. Fiquei ainda mais puto quando vi gente passando com saquinhos de McDonald's. Descobri que, logo na frente da estação, ainda havia uma lanchonete deles aberta. Tarde demais...

Já que eu não podia ir ao banheiro, o jeito foi esperar. Não me atrevi sair da estação com o frio que fazia e a chuva que piorava a situação. Assim que amanhecer, peguei um trenzinho pro local do albergue. Não existe metrô em Zurique, apenas uns trenzinhos, tipo bondinhos. Porém, funcionam perfeitamente e é bem fácil de pegá-los. Todas estações tem nome, toda parada idem e você é avisado por pontinhos luminosos no interior dos mesmos, assim como comando de voz, em qual parada se encontra e qual será a próxima. Tudo muito fácil. Tudo muito organizado.




Após me perder (claro né, Júnior) e caminhar no sentido oposto onde ficava o albergue, uma simpática suíça que trabalhava num posto me indicou a direção correta e ainda me deixou usar o banheiro sem pagar nada. Obrigado senhorinha. Mas, desculpe, esqueci seu nome. Pouco mais de 10 minutos caminhando debaixo de frio e chuva, achei o tal albergue. Um suíço e uma suíça, meio frios, me atenderam e logo fui ao quarto, mas já tinha quatro pessoas lá. Voltei à recepção meio puto. Pediram desculpas e se tornaram mais simpáticos depois disso. Era umas 7h da manhã e ainda tinha direito a pegar o café da manhã. Mas, tava tão cansado que desisti. Subi, tomei um longo banho quente, tomei meu remedinho e só lembro de ter acordado as 22h. Até então, apenas um chato alemão dividia o quarto comigo. Mal falou oi. Também não me esforcei pra ser simpático.

Ao acordar, não havia ninguém no quarto. Tinha parado de chover, mas o frio continuava. Fui dar uma olhada com alguém da recepção se havia algum lugar bacana pra ir em pleno sábado a noite, conhecer a noite de Zurique. Como tenho um medo desgraçado de me perder, me dispus a pagar 40 francos de taxi de ida e volta. Mas o primeiro taxista, um simpático escocês, me levou pra um bairro chamado Langstrasse. E advinhem, era um bairro de diversão extrema em Zurique. Sim, pessoas, a Conselheiro Aguiar de Zurique. Depois que vi um monte de "Hey!" e um bando de negões fazendo mímica de cigarro pra mim, que me toquei que era um bairro "barra pesada". Perguntei inocentemente a dois policiais se aquilo ali era um bairro de prostituição e eles disseram que sim. Falaram que não havia perigo mas que mantivesse os olhos abertos, principalmente com os "negões". Sem nenhum racismo, ok? Mas, ao menos em Zurique, percebi que a maioria da podreira está no lado mais "escurinho" da Suíça. Fui abordado por muitos traficantes e prostitutas de Camarões, Siri Lanka, Republica Dominicana, Marrocos, Venezuela, Chile, Índia, etc.

Caminhei um pouco, fui e voltei algumas vezes pelas ruas e não achei nada muito interessante. Tinha um bar que tinha um povo de preto, ouvindo metal. Achei que tava em casa. Entrei e pedi uma vodka russa que esqueci a marca. Me custou 15 francos. Fui abordado por uma prostituta brasileira que se chamava raio e já veio falando em portugues comigo. Tenho tanta cara de brasileiro assim pra ela nem perguntar se eu era brasileiro e já vir falando em portugues? Ofereceu seus serviços, mas disse que não tava interessado e mesmo que tivesse, não tava com dinheiro pr'aquilo. Ainda assim, Raio foi simpática comigo, hehe. Explicou que na Suíça, o esquema custava 100 francs e só te dava direito a 15 minutos e nada mais, hehe. Expliquei à mesma que só tinha 50 francos na carteira, que uns 20 era pro taxi, os 15 pra vodka russa e os 15 que restavam não pagavam nem um abraço dela. Ao menos ela tinha senso de humor, hehe. Me alertou em quais ruas não entrar e onde pegar o táxi de volta. Mas, é claro que me perdi de novo, hehe. É fácil se perder em Zurique. Apesar de ser pequena, é tudo muito parecido. Não faz medo andar de madrugada, mas não é agradável andar sem saber pra onde, hehe. Resolvi pegar um táxi de volta por segurança. Dessa vez, um iogoslavo me atendeu. Simpático também. Principalmente quando disse que era brasileiro. Não sei se é sarcasmo europeu, mas até agora, tenho sido muito mais bem do que mau tratado pelos gringos quando digo que sou do Brasil.

Voltei então pro albergue com uma suti dor de barriga. Pude comprovar como são limpos e confortáveis os banheiros do albergue. A propósito, não tenho o que reclamar do Zurich Hostel. Tudo muuuuito limpo, confortável, simpáticos funcionários, lugar confortável, impecável, boa comida. Nada absurdamente caro como no resto da Suíça. Ótimo lugar. Tomei mais dois remedinhos e fui dormir. Acordei as 15h e fui caminhar novamente por Zurique. Dessa vez, a pé. Não ia nem podia gastar mais com táxi. Descobri que a cidade inteira tava fechado. Inclusive os parques. Bosta. Voltei pro albergue e fui esperar o jogo do Brasil que foi transmitido às 20h30, lá. Havia um salão com telão e decorado com bandeiras de todos os países. Inclusive Brasil, claro. Fui ao quarto trocar de roupa e, adivinhem? Um brasileiro lá, hehe. De São Bernardo do Campo. Mas já tava indo embora. Fui pra cama e fui ler o mapa de Zurique enquanto o jogo não começava. Nesse momento, chegou um simpático chinês de Hong Kong. Também tava numa viagem de três meses como eu, mas só por França e Suíça. Ficou impressionado quando mostrei meu roteiro de viagem de 17 países (18 se incluirmos o Brasil) e 33 cidades (35 se incluirmos Hellcife e Sampa) e me chamou de maluco. Bem, foi o que mais ouvi no Brasil antes de viajar, maluco. Mas não achei que ia ser chamado de maluco, também em inglês, por alemães, chineses, suíços, franceses, americanos e o bando de gente que tenho conhecido nessa viagem doida.

Devidamente fardado de Brasil, desci ao salão do telão com a camisa do Brasil, com o nariz empinado. A gente só sente orgulho de ser brasileiro quando tá fora, hehe. Um bom jogo e, até eu que não sou fã de futebol como sabem, gritei e pulei nos gols. Era eu mesmo? Me perguntei. Era cumprimentando pelo chinês e por todas as pessoas ao redor cada vez que o Brasil fazia um gol. Todos estavam torcendo por nós, ainda bem, hehe. Após o jogo, mais remedinhos e lona.













Meu trem só sairia as 19h30 da segunda, porém, teria que deixar o albergue até as 10h ou pagaria outra diária. E assim o fiz. Aproveitei um excelente café da manhã incluso na diária, fiz o check out, me despedi do simpático chinês e fui à estação. Lá, esperaria até as 19h30. Besteira, né? Resolvi caminhar um pouco pelo centro de Zurique. E claro, me perdi de novo, hehe. Após umas informações, me achei e resolvi me aquetar na estação, ehhe. Mas, precisava comer e ir ao banheiro e, mesmo com dinheiro, me neguei a pagar pra usar um banheiro. Fiz esforço até onde não pude mais, então um policial me disse que havia banheiro grátis no parque em frente à estação. Louvado seja esse policial, hehe.

O banheiro ficava num lindo parque. Pude me aliviar de graça, hehe, e ter tempo suficiente pra tirar algumas fotos legais, comer meu bom e caro biscoito suíço e minha boa e cara, água suíça, hehe. Havia o museu nacional de Zurique ao lado do parque e em frente a estação. Até tentei entrar. Mas, além de custar 20 francos, estava fechado, aberto apenas pros suíços assistirem ao jogo da Suíça que aconteceria em poucos minutos. Fiquei um pouco no parque, voltei à estação, voltei o parque pra usar o banheiro grátis e pude perceber que assim como em Lanstrasse, a parte escurinha da Suíça era a responsável pela podreira da cidade. Não faz medo andar pelo parque, mas fui abordado por vários traficantes me oferecendo suas mercadorias, hehe. Como bom brasileiro, a gente aprende a ser desconfiado e não dar chance ao azar. Voltei pra estação e lá fiquei. Assisti ao jogo da Suíça e ficaram emburrados comigo quando perderam e me viram com a camisa do Brasil, hehe. Um grupo de portugueses passou me provocando após a goleada deles, hehe. Levei na esportiva.

Finalmente chegou a hora de partir. Dessa vez, minha poltrona no trem era individual e não dupla e não tive que dividir nenhum espaço com um hippie alemão fedorento, hehe. Na frente, um casal típico britânico. Mudos, hehe. Do lado, uma francesa fresca. Mais a frente, duas simpáticas velhinhas suíças que só faltaram me beijar apenas porque as ajudei a botar as malas das mesmas no porta-bagagens. Fiz o mesmo com duas gurias inglesas que também se mostraram honradas com minha ajuda. É tão anormal se fazer um favor simples como esse na Europa?

A fiscal do vagão era venezuela e veio falando português comigo ao me ver com a camisa do Brasil. O nome dela? Carolina! Haha. Mesmo nome que você, Carol. Mas era bonita, viu, hehe. E loira, hehe. Foi bastante simpática, disse que eu podia dormir em paz, que ela quebrava meu galho nas fronteiras com Suíça, França e Espanha e não deixaria nenhum policial chato me acordar. Obrigado pela simpatia Carolina, hehe. Dormi quase a viagem inteira com ajuda dos meus amigos apraz e aprazolan, hehe. Cheguei hoje em Barcelona por volta das 10h. Meio gripado com tanta mudança de clima (aqui tá fazendo uns 22º), mas ok. Tomei um banho quente, comi bem e apenas descanso e escrevo isso, agora. Ficarei aqui por uma semana. Na próxima semana, farei a mais longa viagem até então. Inglaterra pra conhecer Londres, Alemanha pra conhecer Berlin, Bilbao, Espanha, pra ir aos três dias do BBK Live Festival, mais uma semanas em Lisboa e então volto pro último pit stop em Barcelona antes de viajar pra se foder a partir do final de julho e só voltar aqui pra Barcelona em setembro pra pegar as malas e "back to Brasil". Será que aguento? Será que o dinheiro vai dar? Veremos. Ui!!! Boa sorte pra mim. Precisarei muito dela. Vejo vocês no próximo post com algo sobre Barcelona, né? Ainda não deu pra conhecer muito. Aproveitemos essa semana. Tudo de bom, pessoas.

PS: Moon. Tá tudo bem, ok? Relaxa aí, hehe. Tá maluco, com os esperados imprevistos, mas to feliz, hehe. Até setembro. Abraço pra Vau e puxão no cabelo escovado de Carol, hehe.

Sonisphere Festival, Jonshwil Park, Zurique, Suíça - 18/06/2010

"In the gloom the gathering storm abates..."

Barcelona, Espanha

De volta à Barcelona para um longo dia descanso e uma semana até a próxima viagem. Nossa aventura em solo suíço já começou cheia de imprevistos. Mas, como bons brasileiros, nós se fode mas nós se diverte. E, principalmente, nós sempre dá um jeito, sô! Pois é. Tava tudo certinho pra eu pegar meu vôo pra Zurique, Suíça, na sexta pela manhã, no aeroporto de El Prat (maior de Barcelona), a cinco minutos daqui da casa do meu amigo. De lá, faria um caro (€ 380,00) mas sossegado vôo à Zurique de apenas 1h40 e a pouco mais de 800 Km's de Barcelona. Porém, em cima da hora, a puta da companhia aérea, a Swiss, cancela o meu vôo por eu ter comprado no cartão de uma amiga. Bem, nenhum dos outros vôos deu problema, mas claro, esse tinha que dar e em cima da hora. Pra fazer uma nova reserva, eu precisaria de todos os documentos da minha amiga, inclusive passaporte e cartão de crédito. Além disso, a mesma passagem aumentaria pra quase € 600,00. É mole? O detalhe é que a viagem seria no outro dia. Que maravilha! Meio que às pressa, tive que reformular as coisas. O vôo tava marcado pra manhã de sexta, 18/06, dia do Sonisphere Festival em Zurique, Suíça. Chegaria lá aproximadamente às 10h, pegaria um trem pro local do show, depois, trem pro local do albergue, dormiria em paz e conheceria Zurique, sossegadamente no sábado e no domingo. No mesmo domingo, a noite, voltaria à Barcelona, pro mesmo aeroporto de El Prat, a cinco minutos da casa do meu amigo, na noite do domingo. Mas, claro, a Swiss, teve que complicar minha vida...




Tive que encontrar uma solução às pressas, ainda na quinta-feira, véspera do show. Consegui uma meio mais ou menos, mas era a única opção que eu tinha. Teria que ir de trem. A viagem de 1h40 passaria a ser de 14h40. Besteira!! Ao invés de voar pra Barcelona na sexta pela manhã e voltar no domingo a noite, tive que pegar o famoso Nightrain ainda na quinta, as 19h30 e chegar à Zurique 10h10 da sexta. O problema é que não tinha trem de volta no domingo, apenas na segunda e a noite. Sem muita opção, tive que engolir. Fazer o quê?

Tive que me reprogramar às pressas e viajar na quinta-feira a noite, como disse ai em cima, nos trem das 19h30. Fui à estação antes do almoço, comprei a passagem de ida e volta (€ 200,00), voltei pra casa do meu amigo pra aprontar tudo às pressas. Chegando na estação, tudo bem. Pra evitar problemas, cheguei umas duas horas antes. Mesmo pertinho de onde estou, cerca de 10 minutos e 5 estações, melhor chegar antes do que depois depois do estresse na Inglaterra, certo? Ao meu lado, um hippie alemão. Esqueci o nome dele (esse é um problema sério, eu esqueço o nome de todo mundo, dos gringos então, fodeu!!). Simpático o alemão, fomos conversando nas primeiras das longas 14h30 de viagem. Nenhuma reclamação do simpático hippie alemão. O problema é que o infeliz fedia que nem cachorro. Acho que não tomava banho a semanas. Tinha roupas gastas, unhas sujas, dentes amarelos, cabelo hastafari e, pra completar o kit sujeira, o desgraçado peidou a viagem inteira. Ao menos nas horas em que estive acordado. Na cadeira do lado, um tímido australiano. Na cadeira da frente, duas americanas saidinhas. Mas feinhas que, aff maria. Que azar. Mais a frente, um quarteto de franceses. Quando passamos pela fronteira da França, os "simpáticos" policiais quase encrencaram com eles. Pensei: "Fodeu! Se tão tratando assim os compatriotas, que farão quando verem no meu passaporte que sou brasileiro?" Pra minha sorte, ganhei um "Ho ho, Brazil!!! Bon Voyage!!" Ufa...






Depois do perrengue com o frio e chuva da Inglaterra, fui bem armado pra guerra. Uma camiseta, outra de manga longa, uma jaqueta quente e um bom impermeável. Tá pensando o que, rapaz? Hehe. Tomei meu remedinho e só acordei em Zurich, estação HB. Lá, primeira impressão sobre a Suíça: frio!!! Peguei 5º na Inglaterra, lembram? Cheguei em Zurique fazendo 7º. Tava preparado. Ok, então. Ao tentar descobrir se havia algum trasporte direto da estação pro local do show, descobri que sim, pelos simpáticos e eficientes informantes suíços. Porém, não gostei nem um pouco do preço. Ida e volta pro local do show da estação, me custaram 43 francos suíços. Cerca de € 32,00. Ow paisinho caro!! Ok, fazer o que? Próximo passo, descobrir qual das 52 estações o trem saía, hehe. Nenhum problema, segui a massa de preto, hehe. Trem legal, rápido, luxuoso de dois andares. Esqueci que tava na Suíça. Ao redor, toda a europada. Um cara grandão com sua namorada grandona me perguntam se podem sentar ao meu lado. Respondo que sim. Nenhum problema. Era um casal de suíço que ficou surpreso ao saber que eu era daqui perto, do Brasil, só pra ver o show e viajar pela Europa, hehe. Fomos conversando pela próxima hora e lá, me guiaram ao local do show. Cerca de 10 minutos a pé. Ainda bem que todo suíço fala inglês, pois não dava pra ler ou entender pn em alemão que é uma das línguas da Suíça. No caminho pro local do show, uma tal de Arena Jonschwil, estreio minha eficaz capa de chuva que me custaram apenas € 4,00 em Barcelona. Até aí, tudo bem. Tava até brincando com a chuva, pedindo pra chover mais e rindo dela. Quando cheguei a bilheteria, a puta da chuva que riu pra se foder da minha pobre cara. Ou melhor, ela gargalhou. Deve tá gargalhando até agora. Puta safada!!!

Lembram que falei que no último dia do show da Inglaterra, em Donington Park, tinha chovido pra se foder e o local tinha se transformado num campo de guerra lamaçento, ok? Tadinho de mim, reclamando de barriga cheia. Na Inglaterra, tava sujo de lama, mas ok, dava pra andar e tinha pontos de asfalto, plataformas e etc pra te ajudar. Nessa porra de arena que escolheram na Suíça, simplesmente não tinha saída. Era areia quase-movediça até a canela. Não tinha pra onde correr. Nenhuma graminha, nenhum asfaltinho. Nada!!! Era pisar na lama e afunda até a canela. Além da sujeira, andar era extremamente difícil, pois cada passo que dava, você literalmente atolava e era preciso bastante força pra desatolar os pés, passo a passo. Pra completar, cair era muito fácil, então, ver um monte de gente literalmente se afundando na lama não era difícil. Isso morgou bastante os shows. Simplesmente não havia um lugarzinho sequer pra descansar. Nenhum!!! Nem nos banheiros, área de lanches, mershandising, nada!!! Era lama até a canela em cada milímetro daquele madilto lugar!! E teve gente que falou mal de Interlagos. Interlagos era primeiro mundo perto dessa putaria que passei.









Após caminhar por mais de meia hora fazendo força e morto de cansado, cheguei a porra do lugar dos palcos. Tava começando o Anthrax. Não me atrevi a chegar perto nem tirar minha câmera de dentro da mochila que, naquela lama, se tornaria uma missão impossível. Tentei curtir o show, mas não consegui. Quando voce se conformava com a lama e tentava se manter em pé, algum filho da puta esbarrava em si e, sem querer, você era obrigado a fazer a "Dança do deixa-disso" e tentar não se lambusar na lama. Firme e forte, não caí!!!

Ao menos a puta da chuva parou e abriu um sol bonito em plena Suíça. Tarde demais, podia chover fogo que nada secaria aquela lama movediça do caralho!!! Fui tentar comprar algo pra comer. 10 francos um sanduíche e 10 francos uma coca-cola. Mandei se foder. Lembrei que tinha água de 2l na mochila (comprada a € 0,30 em Barcelona) e um pacote de biscoito bom pra caralho!!! (comprado a € 1.00, também em Barcelona) e assim comi. Como não tinha um lugarzinho sequer pra sair da lama, o jeito foi escalar um alambrado e lá tentar se equilibrar pra, abrir a mochila, tirar a camera, água, biscoito. Com muito esforço, consegui. Morto de cansado, porque cada passo que se dava, era preciso muuuita força, pois se atolava, marchei pra perto do palco um pra um show que eu queria muuuito ver.

Alice in Chains

Tava um bocado curioso pra ver o Alice in Chains ao vivo com o novo vocalista, após a trágica e triste morte do saudoso Layne Staley. O Alice in Chains voltou à ativa depois de anos em coma e, obviamente com um novo vocalista. William DuVall. Um clone do Lenny Kravitz. Não é uma banda de black metal, mas acho que não existe outra banda tão ligada à morte como esta. Detalhes a parte, os americanos fizeram um show pra lá de fodástico que me surpreendeu. Surpreendeu também a semelhança gritante da voz do atual vocalista com a do Laney Staley. Às vezes, me perguntava se não tava ouvindo playback, tamanha a semelhança. Uma grande banda ao vivo. Um grande guitarrista como chefão (Jerry Cantrell) e um famoso baixista que eu só conhecia de DVD's da época que ele tocou com o Ozzy (Mike Inez). Grande set list composto de clássicos como Down in a Hole, Would?, Rain when I die, Godsmack, We die young, Angry Chair e, claro, Man in the Box. Grande show. Ainda bem que, vou ter o privilégio de ve-los novamente em Bilbao, Espanha, no BBK Festival e em Pori, Finlândia, no Sonisphere Festival novamente. Espero que, dessa vez, sem lama. Grande show!!!













Megadeth

Após o show do Alice in Chains, o do Megadeth começou quase que instantaneamente no outro palco. Porém, lá íamos novamente fazer aquele esforço desumano de andar naquela lama pra chegar no outro palco. Ao menos um pouco perto. Consegui chegar perto, pois, logo na minha frente, tinha um grande espaço aberto. Não me atrevi a arriscar. Brasileiro aprende muita coisa, rapaz. Um metido a esperto se aventurou. Se afundou até o joelho...Era meu terceiro show do Megadeth, terceiro em menos de uma semana e, como sempre, Mr. Mustaine e companhia foram competentes como sempre. Desfilando suas lindas guitarras e uma confiança e segurança invejáveis, Mr. Mustain e CIA apresentaram os clássicos de sempre: Sweeting Bullets, In the Darkest Hour, Hangar 18, La Tote La Monde, Peace Sells...but who's buyng e etc. Se despedindo com sua voz de pato e um "We are Megadeth", os americanos deixam o palco satisfazendo a todos com seu excelente show.

Slayer

E finalmente, Slayer!!! Acho que tava ainda mais curioso de ve-los do que o próprio Alice in Chains e até o Metallica que já havia assistido em janeiro com meus amigos Fafá e Coxinha. Tive medo de abrir uma "Roda-mangue" no show dos americanos. Sim, os "homi" são brutais. Mas se há um show que faz tua raiva sair pelos poros é um show do Slayer. É tanta brutalidade que quando acaba você se sente mais leve, hehe. Não faltaram clássicos como Dead Skin Mask, War Ensemble, Angel of Death, Dead Skin Mask e pra fechar, claro, Raining Blood. Mas pareceu Raining Mud.

Motorhead

Assim como o Megadeth, seria meu terceiro show do Motorhead. Segundo em menos de uma semana, já que também os vi no Hellcife e no Download Festival em Donington, Inglaterra. Com sua tradicional voz rouca e humor inglês. Mr. Lemmy Kilmister entra no palco dizendo: "We are Motorhead and will play rock and roll". E começa a lapada, hehe. O set de sempre, uma saudação especial para nós brasileiros com Going to Brazil. Nessa hora, os suíços olharam com inveja pra mim. O único pontinho amarelo na lama, hehe. Os outros clássicos como Aces of Spades, Sacrifice e etc. Sem supresas mas eles são o Motorhead e apenas tocam rock and roll, hehe. Sem frescuras.


Metallica


E chegamos ao último show da noite. A última banda da turnê especial Big Four (Antharx, Megadeth, Slayer e Metallica). O Metallica entrou no palco por volta das 21h com um sol claro claro em Zurique. O público, bem frio e disperso até então se aglomerou pra ver o show. Não sei se foi bom ou ruim juntar as mais de 50 mil pessoas presentes naquele lama todo. Cada esbarrão que alguém dava tentando chegar mais perto do palco era um exercício de paciência e força pra se manter em pé. A "organização" suíça, além de ter cagado colossalmente com aquela lama toda, também cagou na iluminação. Circular enquanto as músicas do Metallica eram tocadas, era praticamente impossível já que não havia uma luzinha sequer pra clarear o caminho. Mesmo após o show. Um absurdo. Show beeem parecido com o de São Paulo. Fogos de artifício, Creeping Death abrindo, Fade to Black, Nothing Else Matters, Enter Sandman, Fight Fire with Fire com fogos de artifício, hehe, Seek and Destroy e tantas outras clássicas. O público suíço até que tenta. James Hetfield até que se esforça pra se empolgar. Mas o público suíço (mesmo com gente da Europa toda) é frio por natureza e, até quando tão empolgados, são frios. Meio broxante. Mas, outro grande show do gigante americano chamado Metallica. Que venha o próximo show. Um próximo álbum vem por aí, segundo eles. Brasil, resto do mundo? Depois dessa viagem maluca que to fazendo, nada mais é impossível. Esteja onde estiver, hehe.